“Não podemos banhar-nos duas vezes no mesmo rio porque as águas nunca são as mesmas e nós nunca somos os mesmos”. O existir é um perpétuo mudar, um estar constantemente sendo e não-sendo, um devir perfeito; um constante fluir...

Se gosta seja amigo :) Namasté!

17 de dezembro de 2008

Filtro Solar



É a segunda vez que coloco este titulo aqui no Blog. Porque não? Há coisas que convem relembrar tempos a tempos...porque temos uma tendência incrivel para esquecer o que é importante e dar relevância áquilo que é efémero ;)

15 de dezembro de 2008

Shiuuu...oiçam a Terra a respirar



Por uma vez que seja, façam silêncio suficiente para ouvir...se um dia a Terra parar de respirar certamente todos irão notar...a água é a fonte da Vida...

9 de dezembro de 2008

A Prenda de Natal de Plutão em Capricórnio



Em Novembro de 2008, Plutão entrou definitivamente no signo de Capricórnio e aí transitará até 2024.

Plutão, o mais lento dos Planetas e o único que leva um quarto de milénio para percorrer todo o Zodíaco, marca o ritmo inexorável da transformação colectiva da consciência da Humanidade e, desta forma, a inevitabilidade das crises pessoais e colectivas que pautam toda a evolução.

Os últimos anos assistiram à passagem de Plutão por Sagitário e denunciaram os temas ligados com Sagitário: guerras religiosas, internacionalização e mundialização da consciência, os problemas na Educação, a crise de valores espirituais e humanistas que nos tem obrigado, a todos, a revermos os nossos valores e a irmos em busca de novos valores e referências espirituais, existenciais, ideológicas, humanas.

Finalmente, à medida que Plutão passa agora de Sagitário para Capricórnio, é altura de começar a dar forma (Capricórnio) àquilo em que acreditamos (Sagitário), ou seja, à Verdade da nossa Alma. Isto implica que todos temos de rever as estruturas (Capricórnio) nas nossas vidas pessoais. Isto implica também termos um vislumbre de quem queremos ser, de em quem nos queremos tornar, do Caminho a seguir (Sagitário).

A passagem concomitante de Saturno por Virgem, até Outubro de 2009, convida-nos a responder a estas questões:

“quais são os conhecimentos, as técnicas, as ferramentas, as actividades, as rotinas diárias, a higiene, o exercício, o cuidado da psique através da soma, ou do corpo,
o que é que tu precisas de reunir e construir como técnica, ferramenta, conhecimento, disciplina, organização da vida prática,
de modo a poderes começar a lançar as pedras basilares da nova estrutura que queres criar de ti próprio, em ti próprio, na tua vida?”

Para “evoluir”, agora temos de ser saturninos: definir objectivos, organizar a vida prática, fazer contas, gerir o tempo, fazer exercício, alimentarmo-nos adequadamente, sermos fiéis à nossa busca e responsáveis por tudo o que criamos por nós próprios - no processo de criar a realidade que queremos traduza a verdade interna da Alma.

Com Plutão em Capricórnio, é através da matéria e das formas concretas que podemos actualizar a Verdade do Espírito. Como é que a vida prática pode expressar o impulso da minha Alma? De que maneira é que a minha vida já expressa aquilo em que eu acredito? Onde é que a minha vida, a que eu chamo a minha vida “prática” ou a minha “realidade”, onde é que esta minha realidade pessoal ainda não expressa a Verdade da minha Alma? Qual é o emprego, o trabalho, a profissão, que me servem? Estou a trabalhar para pagar contas ou para me cumprir como Alma? Quais são as actividades práticas, quotidianas, que expressam quem eu realmente sou?

À medida que afinamos a nossa relação com a Verdade, aumenta a nossa responsabilidade em viver à altura daquilo que se estuda, que se aprende, em que se acredita, que nos faz sentido. Porque senão, acreditar numa coisa e ter uma estrutura de vida diferente, que não é o seu espelho, que não é o seu reflexo, que não é a sua manifestação, é uma perversão. A mesma perversão dos católicos que se vão confessar ao domingo de manhã para poderem pecar a semana inteira.

Ética e poder espiritual é viver à altura daquilo em que se acredita. E viver à altura daquilo em que se acredita, com estas energias em Capricórnio, não é viver na nossa cabeça à altura daquilo em que se acredita. É permitir que haja uma certa reorganização atómica nas estruturas cristalizadas da nossa vida.

Nada disto é uma espécie de ameaça cósmica, porque acima de tudo vivemos num Sistema Solar de 2º Raio, e o 2º Raio é Amor/Consciência.

E isto significa que não é “evolui senão lixas-te”,

é “podes escolher evoluir, podes escolher não evoluir, sempre terei amor para aceitar as tuas escolhas, e sempre terei a generosidade para te devolver às consequências impessoais das tuas escolhas pessoais. Eu não interfiro, apenas te devolvo o que fores capaz de fazer para, e por, ti próprio”.

E quando digo eu, digo o Logos, digo a Inteligência Cósmica manifestando-se através de Leis Eternas como a de Retorno e a de Ressonância. Então depende de nós.
E quando eu digo "depende de nós" estou a falar de um conceito, que se refere também ele, a Capricórnio. Porque Capricórnio simboliza o sentimento de poder relativo que eu tenho para construir estruturas adequadas ou correctas.
Capricórnio simboliza aquilo que eu acredito serem os limites, serem as regras, serem as normas, ser a distribuição de poderes, ser a distribuição de responsabilidades, e com responsabilidade sempre temos uma outra boa ideia ligada com responsabilidade e esta ideia é a de poder pessoal. Eu só posso ter poder a partir das responsabilidades que eu assumo. Eu não posso querer ter poder responsabilizando algo ou alguém fora de mim. Porque se alguém tem responsabilidade, alguém tem o poder. É a mesma coisa. É frente e verso da mesma folha de papel. Não dá para dissociar.
Então Plutão a passar por Capricórnio também nos vai convidar, e eu diria mesmo a alguns de nós vai obrigar a rever: "o que é isto dos limites que tu acreditas que tens na tua vida?" e "quem disse? De onde vem esta regra? Qual é a verdadeira, a oculta, a submersa, a subterrânea causa desta regra que tu tens para ti próprio? Não podes, por quê? Tens que?! Onde é que isso está escrito? Que voz é essa? É a voz da tua Alma ou a voz dos teus avós?"
E quem diz "a voz dos teus avós", diz a voz do teu marido, ou a voz do presidente da junta, ou a voz do professor, ou a voz seja de quem for.
É a tua voz, é o teu poder, é a tua responsabilidade, é a tua escolha. Tens a certeza que essa é mesmo a estrutura? Que esses são mesmo os limites? Que essas são mesmo as normas? Que é mesmo isso que tu escolhes que sejam os teus limites? Onde tens poder para mudar esses limites? Eles têm que mudar. Ou por tua colaboração, ou sem a tua colaboração. Com a diferença que sem a nossa colaboração o processo é mais doloroso porque não sentimos ter nenhum poder, nenhuma contribuição, nessa transformação, e porque não sentimos ter uma contribuição sentimo-nos vítimas.
E Capricórnio é também a energia que quando bem integrada nos ajuda a parar com as cantigas da lamentação, da justificação, da auto-justificação. "Ai eu não fiz porque", "eu não posso porque" , "sim, mas…"
Então Plutão a passar por Capricórnio vai acabar com os porques. Claro que muitos porques em nós ainda vão estrebuchar.
Plutão em Capricórnio traz, para a Humanidade em geral, uma destruição de todas as formas de organização social, profissional, laboral, económica, governativa que nós conhecemos até agora. As instituições, os papéis, a importância dos títulos, a forma como se exerce o poder e o governo, a relação que nós temos com os nossos empregadores, a relação que nós temos com o nosso próprio projecto de vida – e eu não falo de trabalho nem profissão – o nosso projecto de vida, porque isso vai estar a mudar.
Mas "mudar, ai que fantástico!"? Não, vai começar a ser destruído, alterado. E a primeira etapa é haver uma desorganização dos átomos, das formas, para que depois com a liberdade que estes átomos conquistaram por se desagregarem da velha estrutura, a partir dessa nova liberdade os átomos podem re-agregar-se.
E quem conduz este processo? É o medo? O meu desejo? A minha ambição? A minha cegueira? O meu auto-envolvimento? O meu egoísmo? O meu "eu tenho é que fazer pela vida e o resto do Planeta que se fornique"?
Quem conduz este processo? É a parte maior, ou a parte inferior, da nossa natureza? Somos humanos e sabemos que temos uma dupla natureza. Metade divinos, metade animais. A questão é: vamos avançar levados pelas pernas, ou vamos comandar as pernas para que nos dirijam para onde o olhar se foca? Estou a falar de Sagitário, do centauro. E a meta, o horizonte deste centauro, é a nova estrutura da nossa vida. (…)
ESTE É UM EXCERTO DA CONFERÊNCIA "PLUTÃO EM CAPRICÓRNIO (2008-2024): UMA MENSAGEM URGENTE"(Copyright 2008 Nuno Michaels. Todos os direitos reservados)
http://www.nunomichaels.com/

Então a passagem de Plutão de Capricórnio é o convite a assumirmos a responsabilidade, e assim reclamarmos o poder, de criarmos para nós próprios a vida que queremos e precisamos para expressar a Verdade da nossa Alma, sem as habituais cantigas egóicas da lamentação, da justificação e da auto-justificação. “Não faço porque”, “não posso porque”, “sim, mas…”

E que prenda mais valiosa podemos oferecer a nós próprios, neste Natal e em todos os outros, do que agarrar as rédeas criativas da nossa própria existência e homenagear com o ouro da consciência, o incenso da inspiração e com coragem que não mirra o nascimento do nosso próprio Cristo Interno, que tem estado em gestação no ventre da personalidade-Maria?

23 de outubro de 2008

Psicologia e Relacionamentos II



(continuação)
Claro que cada um gosta de representar determinado papel conforme as suas experiências de vida.
Há o "mártir", que se auto anula constantemente, escondendo a sua fragilidade numa pseudo dedicação ao outro, quando na realidade seus esforços apenas se dirigem não para a solidificação do real amor no relacionamento, mas tão somente para coisas secundárias, como cuidados materiais ou tarefas domésticas como exemplos gerais deste tipo. O impacto do mártir nos relacionamentos é a desenergização de ambos os parceiros, pois não ocorre nenhuma troca significativa da afectividade, apenas o cumprimento de papeis rígidos. O segundo tipo é quase que uma extensão do primeiro, o "apaixonado", sendo que reclama constantemente que não há reciprocidade do seu esforço sentimental por parte do outro. Sente-se submisso na relação, e ambos os tipos acabam por quase sempre por ser trocados por outra pessoa. Obviamente não estou querendo dizer que as coisas inexoravelmente acabam dessa forma, sendo que há felizmente pessoas apaixonadas que são correspondidas. Cabe aqui a análise da problemática dos relacionamentos. Feita esta ressalva gostaria de voltar à discussão dos tipos psíquicos nos relacionamentos.

O ciumento é uma representação extremamente dolorosa da vivência afectiva, sendo que o mesmo é refém quase que absoluto de sua insegurança. É importante ressaltar que os ciúmes são sempre uma via dupla (insegurança e delírios imaginários da pessoa presa neste sentimento, e desejo de poder e vaidade latente do parceiro). É muito comum as pessoas inocentarem quem sofre com as cobranças do ciumento, esquecendo-se que uma relação tem o caráter de potencialização dos sentimentos, assim sendo, determinada pessoa presa no ciúme recebe constantemente um reforço inconsciente do seu parceiro para que permaneça em sua prisão pessoal, pois todos acabam por se regozijar na exibição de seu poder pessoal.

O tipo "tímido" é o mais destrutivo de todos os citados. A timidez não é o que comumente as pessoas chamam de acanhamento, envergonhado, pouco comunicativo ou medo do contacto social. A raiz da timidez é um jogo perverso onde a pessoa não almeja nenhuma divisão de seu afecto para com o outro, desejando apenas extrair suas necessidades pessoais, que nada mais são do que um profundo ódio interno arcaico, por achar que ocupou uma posição secundária na família. O tímido lida com seus sentimentos perante o social como se fosse uma espécie de "caixa preta", não revelando nunca a sua intimidade. No ser masculino o tímido revela-se como disse acima no ódio em relação às suas origens familiares e posição que ocupava na mesma; na mulher a timidez é notada na extrema dependência das figuras parentais, principalmente a materna.

Não raro, escuto diversas queixas de homens casados que não conseguem constituir uma verdadeira família com suas esposas, pois as mesmas abandonam todas as suas metas conjugais a fim de suprirem e continuarem dependentes dos pais. É a eternização do clássico conflito da "sogra", só que numa versão ainda mais virulenta, pois esta mulher não se sente como tal, mas como uma "menina" assustada, que não consegue amar, e irá destruir àquele que lhe cobrar tal tarefa. Sua única família sempre será a primeira, não aceitando sair do papel de "filha". Outro padrão comum é a transmutação do papel dos pais para o papel do marido - a mulher que não aceita a sua evolução de filha para esposa, muito comum nos casos em que não houve lugar ao crescimento como mulher, uma fase essencial do desenvolvimento de qualquer ser humano, passa então a ser “filha” do marido, ao qual cobra a responsabilidade de tudo o que acontece na sua vida.
Ressalve-se que este quadro também acontece no masculino, embora menos frequentemente visto que feminino e masculino têm a maioria das vezes respostas e quadros clinicos diferentes perante a mesma situação. E diferentes não significa aqui menos graves.
Por último há o tipo "salvador", que espelha todas as necessidades não expressas do parceiro, desenvolvendo-se uma espécie de relação terapêutica entre ambos. No começo tal relação é extremamente benéfica para o parceiro carenciado, mas não demora muito o desenvolvimento do sentimento de ódio e inveja perante o potencial do outro, pois é notório o complexo de inferioridade perante a pessoa que detêm o poder e competência na questão afectiva. O mártir começa a queixar-se que as suas necessidades nunca são atendidas, não percebendo que a sua atitude também é uma fuga da entrega e do amor, ocultando a sua problemática através da constante exaltação da problemática do outro.
Não existe um relacionamento que não seja o espelho dos mecanismos sociais e económicos, e o verdadeiro amor é uma espécie de atalho que se cria quando reflectimos sobre todas essas influências citadas. A psicologia social ensina-nos que todas as experiências sociais são vividas também no plano emocional, assim sendo, não há uma só pessoa que nunca tenha sentido em alguma altura da sua vida a sensação caótica de miserabilidade e exclusão no plano pessoal.

O leitor indagará o porquê da dificuldade de mudar o quadro acima descrito. O medo da mudança tem uma profunda raiz na religiosidade, pois a pessoa desenvolveu a crença de que apesar de todo o sofrimento, a sua relação ainda sobrevive, mesmo quando já está evidentemente morta. O novo é sempre visto como uma perda quase irreparável. Historicamente, qualquer novo comportamento humano nunca teve o apoio dos "deuses", ao passo que a auto comiseração possui a bagagem de milênios de religiosidade impregnada. É absolutamente ingenua a pessoa que não percebe que num relacionamento há dois tipos de juramento: o primeiro baseia-se no desejo primeiro sexual e depois também espiritual, atracção fisica (a primeira possível entre seres humanos, que são para além de tudo, animais mamiferos) e mental (que pode decorrer ou não da primeira) e prazer de estar com a pessoa, clamando por prolongar o máximo possível tal encontro, seja através de um namoro ou casamento; o segundo juramento que poucos percebem é a necessidade de vivenciar determinado potencial destrutivo com o outro, abrindo caminho para todo o tipo de emoções negativas ou destrutivas: inveja, depressão, culpa, ódio, arrependimento e ciúmes. Este último é como qualquer vício que no começo desperta um prazer, porém, com o decorrer do tempo acaba por aniquilar por completo a energia da pessoa. Em suma, todo o potencial afectivo apenas acaba sendo vivenciado pela dor. Não perceber os juramentos das duas partes da personalidade(consciente e inconsciente) é simplesmente condenar a relação ao término absoluto. Enfim, é fundamental observar se dentro de um relacionamento desejamos a vivência da troca do prazer, ou apenas usar o mesmo como palco de todos os dramas passados não resolvidos.

Diante das considerações citadas, não é difícil imaginar o medo de qualquer envolvimento. Porém, uma das maiores tolices perpetradas pela maioria das pessoas é a fuga da dor ausentando-se de uma relação. A escolha passa então por dois pólos distintos, mas complementares em termos de infelicidade; por um lado medo nos seguintes níveis emocionais: frustração perante o parceiro, temor de ser traído, tédio, incompatibilidade de caráter ou de ações em conjunto, perda gradativa da libido e arrependimento. Caso a escolha se dê na tarefa simplista da solidão para se evitar qualquer dor afectiva teremos: angústia, sensação de vazio interior, manifestações de doenças psicossomáticas,e ansiedade mórbida, que pode ser definida como a certeza interna da incapacidade de se resolver determinado problema.

A ansiedade também é a concentração em determinado objetivo da vida, mas com a sensação crescente de que algo maior foi abandonado; um dever absoluto adiado, gerando eterno conflicto. O dever citado faz parte do material psíquico do passado da pessoa, que tomou quase que por completo a vontade da mesma, inserindo toda a nova experiência no contexto da dor pretérita. A ansiedade é a eterna e impagável dívida com o mais profundo sofrimento; o "tutor" omnipresente que restringe eternamente a satisfação e quietude da mente.
Claro que há a ansiedade construtiva, que nos leva a uma maior dedicação e esforço na consecução de determinado objetivo. Todo o potencial emocional de um ser humano só é direcionado para algo saudável quando há a troca, quando se recebe compensação, caso contrário toda essa energia só alimentará a autocomiseração e ódio interno por si ou externo pelos outros.

Se observarmos os transtornos alimentares e preocupações estéticas de nossa sociedade teremos a chave para o dilema colocado anteriormente. Como todos estando "famintos" podem recusar a troca emocional? Vivemos em constante anorexia e bulimia emocionais, e todo culto estético é a prova de que a sedução já não tem mais nenhum sentido íntimo, fora à competição, vaidade ou medo de ser excluído como pessoa. A beleza é a ilusão mais espetacular contra o desafio diário e na maioria das vezes tedioso de um relacionamento. É a droga natural que a sociedade moderna cultua para fugir a qualquer preço do temível complexo de inferioridade. Os efeitos colaterais sempre serão: medo, ciúmes, sensação de jamais ter sido amado, mas apenas o esforço incessante na esfera da sedução. Todos no passado tinham o referencial do casamento como fonte do amor, independentemente dos dramas causados pelo mesmo; talvez a primazia hoje em dia seja a beleza, segurança económica ou emocional.

O ponto que gostaria de enfatizar é que a sobrevivênvia de uma relação só ocorre se a tratarmos como algo a ser explorado diariamente, refletindo constantemente sobre as imagens do passado fixas na memória de ambos os parceiros, que obscurecem novas condutas para a relação. A atração é apenas o começo da exploração de tão delicada tarefa, que é o encontro de dois seres. Para aqueles que genuinamente buscam a transformação, não tardará a descobrirem que a raiz do amor é a permissão para que o parceiro altere significativamente nosso destino, aceitando que ambos possuem a vontade e potencial para tal tarefa.

O desafio é conseguir que a pessoa reflicta honesta e seriamente sobre a sua temática emocional de vida, indo além da superficie e buscando as causas escondidas e profundamente enraízadas, para a sua atitude e quadro clinico...a unica forma de os alterar e sanar.

22 de outubro de 2008

Psicologia e Relacionamentos I


Discutir uma problemática tão séria, como a questão da crise dos relacionamentos na actualidade, remete-nos para dois factores centrais: fazer um profundo balanço e reflexão acerca de toda a nossa história afectiva, incluindo todas as ocasiões em que estivemos apaixonados, assim como o resultado de todas essas experiências; e refletir se no decorrer da vivência afectiva sentiu que o medo do amor era algo que emanava de si próprio, do meio circundante, ou da junção de ambos. É preciso também que cada pessoa assuma a responsabilidade por seu determinado histórico emocional, deixando de lado a tentação de imputar aos outros aquilo que sente ser o seu fracasso pessoal.

A experiência clínica comprova que quando a pessoa fracassa em determinado projecto afectivo, seja um namoro ou casamento, estes jamais foram prioridades absolutas do mais profundo íntimo dessa pessoa, sendo apenas representações ou papeis que se sentiu forçada a tomar de acordo com a pressão social. É o tão comum viver o que se sente que é correcto para os outros e para a sociedade em geral, e não viver de acordo com os nossos sentimentos e vontades próprias. Este conceito pode parecer um tanto leviano se levarmos em conta todo o sofrimento, depressão, desespero, ciúmes e outras paixões intensas despertas quando há uma derrocada emocional. Todavia, temos que entender que a intensidade do sofrimento em determinada situação afectiva, não significa que a prioridade da nossa alma seja o amor, mas tão somente o reviver de uma situação antiga de carência e desamparo, amplificado pelo moderno medo colectivo da exclusão social em todos os níveis.

Em vários outros estudos clínicos o cerne do problema da questão amorosa é o facto de vários outros sentimentos se agregarem na mesma, distorcendo por completo a sua essência. Assim sendo, não ficará difícil perceber-se que sentimentos como: orgulho, inveja e ciúmes quase sempre se sobrepõem ao amor nos relacionamentos em geral. Na psicologia é comum a afirmação de que a pessoa capacitada para o amor é aquela que venceu todos os traumas e barreiras de seu desenvolvimento familiar, libertando-se de mágoas antigas e recalcamentos que se encontram presentes no individuo mas ocultos, e cuja desconstrução, análise e saneamento são condições primordiais para o crescimento e desenvolvimento da pessoa como individuo livre e consciente, e preparado para se amar a si mesmo e amar os outros sem corromper esse sentimento com quaisquer outros. Embora tal facto seja indiscutível, o grande problema nesse processo dá-se quando determinado sujeito, na luta pela libertação das figuras descritas, acaba aniquilando quase por completo a representação masculina ou feminina da afectividade. O resultado é que o emocional da pessoa fica preso numa total história de dor e sofrimento, atrofiando a sua capacidade e coragem para um relacionamento genuíno de entrega e retribuuição.

Após toda a história cultural e social dos movimentos sociais, em conjunto com a teimosia do ser masculino em absorver por completo a importância da capacidade emocional, temos um quadro de relacionamento entre homens e mulheres que mais se parece com as trincheiras da 1ª guerra mundial, não ocorrendo avanços significativos de ambos os lados, apenas a manutenção de uma atitude bélica despropositada e constante, não resolvendo as necessidades pessoais dos envolvidos. Para a nossa maquiavélica sociedade de consumo todo esse processo é comemorado, pois como todos sabem, quanto maior a insatisfação pessoal e ansiedade, maior será o desejo desenfreado de consumo, para compensar o complexo de inferioridade resultante da carência emocional.

Se alguém é excluído ou se exclui da troca amorosa, necessitará da compensação das questões materiais ou sucesso profissional para provar que pelo menos em uma área da sua vida obteve êxito. Se não tiver mais nada, o seu Ego irá consumir-se até á exaustão revivendo a dor e raiva, e encontrando apenas forças nesse processo, como uma bola de neve. Infelizmente estes processos são incentivados socialmente, permitindo que o sujeito se esconda de si mesmo lançando um manto ilusório sobre a sua real situação. Em vez de buscar as causas reais, a pessoa refugia-se de si mesma em sentimentos direccionados aos outros intrevenientes no seu drama pesosal: raiva, ódio e vingança.

Os conflictos actuais nos relacionamentos são os espelhos da impotência social que todos vivenciam, desviando para o privado toda a frustração do social. A luta no processo afectivo é um dos preços pagos pela ausência do sentimento de comunidade e sociabilidade, como dizia o psicólogo contemporâneo de FREUD, ALFRED ADLER.

A busca actual pela perfeição nas relações, nada mais é do que o desejo de fuga do medo terrível da entrega, que sempre se mascara no tédio e cansaço de construir um relacionamento. A questão central para a reflexão não é se um relacionamento sempre gera dor, mas qual neurose, desculpa ou conflito que todos se utilizam para não amar? Outro psicólogo histórico da psicologia, WILHEM REICH, chamou todo o processo acima descrito de "peste emocional", sendo que o sofrimento relatado nas relações era um subproduto da profunda repressão sexual imposta pela sociedade. Apesar da pretensa "revolução sexual", este conceito ainda se encontra extremamente actual, pois nada mais ocorreu do que uma falsa liberalidade genital que acarretou um crescente tédio e pavor da entrega como disse acima; apenas devemos acrescentar que a "peste emocional" não é somente fruto da repressão sexual, mas também da interdição dos mais sublimes sentimentos humanos: dedicação, compaixão, estímulo, companheirismo e disponibilidade.
Assim, estas qualidades estão quase sempre ausentes dos relacionamentos que fracassam, bem como a vivência sexual saudável e sem complexos ou preconceitos. As primeiras são vistas como fraquezas, e o sexo é visto como moeda de troca, arma, ou como algo “vergonhoso”, no sentido em que a pessoa tem um problema afectivo com ela mesma, sendo incapaz então de viver a afectividade de uma forma natural e saudável.

Quando cada parceiro literalmente trava a vida do outro, é porque se desenvolveram a inveja e ciúmes no relacionamento. Neste exacto ponto mais vale destruir a criatividade e potencial do companheiro, do que tolerar a submissão afectiva presente no ciúme e possessividade. A simples ausência do diálogo já é a prova máxima da destrutividade do relacionamento. Este é um mecanismo presente mas raramente reconhecido atempadamente.
(continua)
Por Dr. Antonio Carlos A. de Araujo (Psicologo),
Bibliografia: ADLER, ALFRED O Caracter Neurótico
Colaboradores: Irineu Francisco Barreto(Sociólogo)
Simone Jorge (Socióloga)
Antonio V.de Padua Garcia (Psicologo)

20 de outubro de 2008

Sobre a Raiva

Como nos diz a Bhagavad Gita, uma escritura essencial do Yoga, os piores inimigos que temos na Terra podem ser encontrados em nossa própria mente: desejo e raiva. Um não está separado do outro.

Quando um desejo é frustrado, ele se transforma em raiva. E junto de um desejo existe outro desejo, e desse modo continuamos alimentando a raiva nesta cadeia infindável de desejos.

A raiva surge de nossos desejos insatisfeitos, de nossas mágoas, frustrações, decepções e gera infelicidade.

O ódio e a raiva são considerados as maiores emoções negativas ou aflitivas por serem os maiores obstáculos da bondade, da compaixão e do altruísmo e também por destruírem nossas virtudes e nossa tranqüilidade mental. Com a raiva perdemos os méritos de nossos bons pensamentos e de nossas boas ações.

Seis tipos de pessoas são tristes

No grande poema épico indiano, Mahabharata é dito:

"Seis tipos de pessoas são tristes:
- Aquelas que têm inveja dos outros
- Aquelas que odeiam os outros
- Aquelas que estão descontentes
- Aquelas que vivem da fortuna dos outros
- Aquelas que são desconfiadas
- Aquelas que têm raiva".

Verdadeiramente, é a raiva que produz as outras cinco condições que causam a tristeza.

E esta raiva assume muitas formas, muitas facetas como: aflição, ressentimento, contrariedade, mau humor, aspereza, animosidade, explosões de raiva, ira, rancor, crises de choro e soluço. Muitas vezes, as lágrimas não são sinais de fraqueza, mas a força da raiva.

A raiva envenena corpo e mente

Ataques de raiva e de mau humor produzem danos sérios nas células do cérebro, envenenam o sangue, causam insônia, depressão e pânico; suprimem a secreção dos sucos gástricos e da bílis nos canais digestivos, criando gastrites e úlceras, esgotam a energia e vitalidade, causam problemas cardíacos, provocam velhice prematura e encurtam a vida.

Quando você se zanga sua mente fica perturbada e isto reflete em seu corpo que sente distúrbios. Todo o sistema nervoso se agita e você se enerva, perdendo a harmonia, a eficiência de agir, o vigor e o entusiasmo.

A raiva é uma energia poderosa que precisa ser dissolvida para que você possa ser mais livre e saudável.

É muito importante saber que ninguém provoca raiva em você, ela é criada por você. Já existe em você acumulada desde a infância... De repente, isto é acionado por alguma palavra ou por alguma ação de alguém e você experimenta uma raiva, às vezes inapropriada, sem motivo.

Se não temos controle sobre nossa mente que vagueia a todo instante, perdemos o controle e, a raiva brota muito forte de nosso interior, nos destruindo e magoando.

Geralmente esta raiva começa quando somos crianças. Quando não conseguíamos o que desejávamos, ficávamos zangados e nossos pais faziam o que queríamos. Assim aprendemos que podíamos ficar zangados porque isto funcionava para alcançar nossos desejos.

Muitas vezes, as pessoas falam o que não querem, são dominadas pela raiva e explodem causando inimizades, mágoas e conflitos. E depois dizem: "Perdi a cabeça! Não tenho controle sobre minha mente ou emoções! Mas o que posso fazer? Eu sou assim mesmo. Não vou mudar!"

Porém, elas precisam entender que estão prisioneiras de camadas densas e sólidas de raiva e de desejos insatisfeitos. Se não despertarem para a necessidade urgente de começar a fazer algo a respeito, elas vão viver em total infelicidade, no meio de suas próprias negatividades. Isto é viver em um verdadeiro inferno interior.

Colocar a raiva para fora apenas agrava esta emoção negativa e a faz crescer ainda mais. Se deixarmos isto sem controle, expressando nossa raiva cada vez mais, ela não vai se reduzir e sim aumentar, gerando mais dor e inquietude para nós.

Pare o ciclo da raiva

Na Bhagavad Gita, Krishna diz: "Ó Arjuna, deixe de pensar em seus inimigos externos. Em vez disto, conquiste seus inimigos internos".

O Yoga diz que precisamos observar a raiva, analisá-la; aprender a lidar com ela e a dissolvê-la através da contemplação e da meditação.

Pratique a meditação e perceba seus efeitos. Sinta o apaziguamento. Perceba como sua mente se torna pacífica e serena e como isto lhe apóia durante o seu dia.

Contemple, sem julgamento e culpa, os fatores que deram origem à manifestação da raiva, aprendendo a se conhecer melhor.

É importante reconhecer os erros para corrigi-los e agir melhor no futuro. Peça desculpas, treinando a humildade, que é a virtude das pessoas fortes e corajosas.

Compreenda que ninguém é perfeito. Cada um de nós fez algo de errado. É da condição humana. O importante é aprender com nossos erros sem a atitude de censura ou crítica excessiva por nós mesmos, pois esta autopunição é fonte de sofrimento para nós. E quando vamos entendendo isto, nos tornamos mais tolerantes com as falhas das outras pessoas e sentimos menos raiva.

Liberte-se do sentimento de culpa, porque se você se culpa você alimenta ainda mais a sua raiva e se torna prisioneiro deste ciclo vicioso. A culpa gera mais baixa-estima e você cai na armadilha do ego e, como conseqüência passa a ser mais limitado, amargurado, infeliz. Este é o estado de escravidão do ego que nos faz sentir pequenos, inferiores.

Baba Muktananda, em seu livro "Encontrei a Vida", nos conta que certa vez perguntaram à grande santa Rabia:

"- Você alguma vez sente raiva?
-Sim - replicou ela - mas só quando me esqueço de Deus".

Contemple essas palavras e compreenda que ao lembrar-se de Deus, ao desenvolver virtudes divinas, não haverá espaço para a raiva em seu interior e assim, você poderá ser mais livre e feliz. Fique em paz!

Fonte:http://www.somostodosum.com

7 de outubro de 2008

Saturno

Saturno, conhecido como "o pai" ou "o grande mestre" na astrologia, é o senhor do tempo e nada como esse sábio para nos ensinar a desenvolver algumas qualidades necessárias ao amadurecimento de nossa alma. Por isso, algumas passagens desse planeta estão relacionadas às crises que acontecem de sete em sete anos. Conforme vai transitando no céu e se aproximando de um determinado planeta em um mapa astral, Saturno vai lentamente arrumando, na maioria das vezes por meio do sofrimento, tudo o que está desarrumado dentro e fora de nós.
Quando isso acontece, a melhor coisa que temos a fazer é parar e refletir sobre os acontecimentos até compreender sua mensagem. Inicialmente, sofremos por não entender o recado. Em seguida, começamos a nos purificar e compreender o significado da crise e a necessidade de crescimento.
Nessa fase, devemos deixar nossos pequenos desejos de lado e fazer o que deve ser feito. Você vai ser obrigado a se adaptar à situação e ao ambiente, quer queira ou não. Para isso, precisa aprender a concentrar sua energia e direcioná-la para enfrentar os obstáculos que a vida certamente colocará diante de você. Além disso, conforme o planeta for avançando em direção ao seu ponto máximo, você desenvolverá uma capacidade muito maior de perceber os pontos que deve mudar dentro de si - afinal, seus limites e dificuldades ficarão cada vez mais evidentes.
O mais importante é entendermos a mensagem: que o momento pede disciplina, trabalho duro e muita responsabilidade. Durante os trânsitos de Saturno, não devemos de maneira nenhuma ficar indiferentes aos acontecimentos. É um tempo de aprender, de aceitar com humildade e paciência os limites que a vida nos impõe.
É hora de parar, fazer um projeto de vida realista e caminhar, passo a passo, vagarosamente, em direção aos objetivos. Será comum um excesso de cansaço, talvez um pouco de desânimo, mas, certamente, precisará ter certa calma e paciência para solucionar questões que no passado você nem sonharia.
A pior fase é o inicio, enquanto não entendemos seu recado. Depois, conforme o tempo passa, assimilamos lentamente suas energias e essas passam a fazer parte de nossas vidas por pelo menos um ano, ou até dois anos e meio, conforme o trânsito. Portanto, se você se identifica com quase todos os pontos citados acima, saiba que, certamente, está sob um trânsito de Saturno. Siga humilde e sabiamente as instruções e, quando menos esperar, toda tempestade já terá passado.
(Texto de Eunice Ferrari)

20 de agosto de 2008

Uma Delícia

Nasceste antes de 1986?

Então lê isto...
Se não... lê na mesma....

Esta merece!!!!!

Deliciem-se...

Nascidos antes de 1986.
De acordo com os reguladores e burocratas de hoje, todos nós que nascemos nos anos 60, 70 e princípios de 80, não devíamos ter sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebé eram pintadas com cores bonitas,em tinta à base de chumbo que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos..

Não tínhamos frascos de medicamentos com tampas 'à prova de crianças', ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas.

Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes.

Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags, viajar á frente era um bónus.

Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia bem..

Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora.

Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso.

Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de montar uns travões.

Depois de acabarmos num silvado aprendíamos.

Saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer.

Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso.

Não tínhamos Play Station, X Box.

Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet.

Tínhamos amigos - se os quiséssemos encontrar íamos á rua.

Jogávamos ao elástico, ao bilas, à barra e a bola até doía!

Caíamos das árvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos mas sempre sem processos em tribunal.

Havia lutas com punhos mas sem sermos processados.

Batíamos ás portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados.

Íamos a pé para casa dos amigos.

Acreditem ou não íamos a pé para a escola;

Não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem.

Criávamos jogos com paus e bolas.

Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem.

Eles estavam do lado da lei.

Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre.

Os últimos 50 anos têm sido uma explosão de inovação e ideias novas.

Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo.

És um deles?

Parabéns!

Passa esta mensagem a outros que tiveram a sorte de crescer como verdadeiras crianças, antes dos advogados e governos regularem as nossas vidas, 'para nosso bem'.

Para todos os outros que não têm a idade suficiente, pensei que gostassem de ler acerca de nós.

Isto, meus amigos é surpreendentemente medonho... E talvez ponha um sorriso nos vossos lábios.

A maioria dos estudantes que estão hoje nas universidades nasceu em 1986, ou depois. Chamam-se jovens.

Nunca ouviram 'we are the world' e uptown girl conhecem de westlife e não de Billy Joel.

Nunca ouviram falar de Rick Astley, Banarama ou Belinda Carlisle.

Para eles sempre houve uma só Alemanha e um só Vietname.

A SIDA sempre existiu.

Os CD's sempre existiram.

O Michael Jackson sempre foi branco.

Para eles o John Travolta sempre foi redondo e não conseguem imaginar que aquele gordo tivesse sido um deus da dança.

Acreditam que Missão impossível e Anjos de Charlie, são filmes do ano passado.

Não conseguem imaginar a vida sem computadores.

Não acreditam que houve televisão a preto e branco.

Agora vamos ver se estamos a ficar velhos:
1. Entendes o que está escrito acima e sorris.
2. Precisas de dormir mais depois de uma noitada.
3. Os teus amigos estão casados ou a casar.
4. Surpreende-te ver crianças tão á vontade com computadores.
5. Abanas a cabeça ao ver adolescentes com telemóveis..
6. Lembras-te da Gabriela (a primeira vez).
7. Encontras amigos e falas dos bons velhos tempos.
8. Vais encaminhar este e-mail para outros amigos porque achas que vão gostar.

SIM ESTÁS A FICAR VELHO he he he , mas tivemos uma infância do caraças!!!

13 de agosto de 2008

Onde nascem as estrelas...A Revelação



Na sua 100,000ª órbita ao planeta Terra, o telescópio espacial Hubble perscrutou uma pequena parcela da Nebulosa de Tarantula, perto do conjunto estelar NGC 2074, revelando o seu berçário estelar.
A região é uma verdadeira tempestade de fogo da criação estelar, provocada talvez por um supernova próxima.
A imagem revela cumes e vales dramáticos de poeira, serpenteando e formando colunas e filamentos gasosos que incandescem ferozmente sob a radiação ultravioleta torrencial.
A região está na borda de uma nuvem molecular escura que é uma verdadeira incubadora para o nascimento de estrelas novas.
A radiação de alta energia proveniente dos conjuntos das novas estrelas está a corroer lentamente a nebulosa, e um outro conjunto estelar novo pode estar escondido abaixo do círculo de gás azul brilhante.
Esta região localiza-se na grande nuvem de Magellanic, um satélite de nossa Via Láctea e é um laboratório fascinante para observar a formação estelar desde o nascimento e sua evolução. As galáxias anãs como a grande nuvem de Magellanic são consideradas o estágio primitivo das galáxias maiores.

Image and original text Credit: NASA, ESA, and the Hubble Heritage Team (STScI/AURA)

31 de julho de 2008

Mudar o Mundo

Um video fantástico!!
Que o Universo nos dê a consciência para aceitarmos aquilo que não podemos mudar, mas que nos dê sempre a força e coragem para mudarmos para melhor tudo o que estiver ao nosso alcance. E ás vezes tudo o que é necessário é dar o exemplo, é dar o passo em frente quando todos estão receosos de o fazer. É acreditar de alma e coração quando os outros querem mas não conseguem. É manter um pouco da pureza e ingenuidade das nossas crianças interiores, quando a maioria as maltratam, porque não parece bem.
Se cada um fizer a sua parte, por pequena que seja, então sim. É possivel mudar este Mundo para melhor...

22 de julho de 2008

Trânsito de Saturno pela primeira casa por Louise Scoz

Trânsito de Saturno pela primeira casa por Louise Scoz

Para todos aqueles que possuem ascendente em Virgem, Saturno transita pela primeira casa de seus mapas. Retrógrado desde o dia 20 de dezembro do ano passado e até o dia 3 de maio, todos nós estamos experimentando seus efeitos de maneiras diferentes. Durante esse período podemos perceber uma desaceleração no mercado de trabalho e na produção e, dependendo do ponto onde Saturno toca em nosso mapa, fenômenos pessoais diferentes.
Por isso resolvi falar sobre os trânsitos na primeira casa, uma vez que mexem profundamente com nossa consciência de nós mesmos, de nosso lugar no mundo. Falarei apenas do trânsito em si, não dos contatos de Saturno com Saturno natal, que implicam em outras manifestações psíquicas. Brevemente, Saturno entra em contato com nosso Saturno natal dentro de um período de 7 anos, através de quadraturas crescentes (entre os 7/8 anos de idade), oposição (15 anos), quadratura minguante (21/22 anos) e fechando o primeiro grande ciclo com a conjunção, aos 30 anos de idade. É o que chamam temerosamente de "Retorno de Saturno", quando o planeta completa seu primeiro grande ciclo, de outros que virão. Cada mapa pessoal estabelece conexões com Saturno ao longe de seu trânsito e essa análise é muito importante para acompanharmos o desenvolvimento individual.
O trânsito de Saturno pela casa 1 é percebido pelo indivíduo como uma intimação: a sociedade, a família, o trabalho, problemas de saúde, uma necessidade de interiorização aparecem na vida da pessoa, com a finalidade de questioná-la sobre sua atitude em relação a si mesmo e ao mundo. Antes dos 28 anos de vida, esse trânsito normalmente se baseia em tradições familiares e culturais: a pessoa se sente sufocada com as pressões do mundo. Sente uma vontade de se desprender daquilo que os outros esperam dela... mas logo percebe que o verdadeiro "vilão" está dentro dela. É ela que se força a cumprir o papel que acha que os outros esperam dela. Todos esses conceitos culturais fazem parte de sua estrutura psicológica e ela precisa reconhecer isso. Por mais que não nos agrada ter que assumir uma máscara dentro da dinâmica familiar, essa máscara já faz parte de nós.
Saturno, nesse período específico, nos leva a aceitar esse fato da vida. Não nascemos no vácuo, nem fomos gerados pelo ar: precisamos desempenhar uma determinada função dentro da arena social. A vida parece um fardo pesado para as pessoas que sofrem esse trânsito. A vida se torna coisa muito séria, eventos testaram a força moral da pessoa. Muitas pessoas vão para o mercado de trabalho para valer nessa hora, experimentam o que é ter que se sustentar, suas ilusões juvenis são postas a teste. Existe um grande caminho entre a teoria e a prática, e o trânsito de Saturno vai expor essas oposições.
Disciplina vai ser exigida da pessoa, vai ter que fazer o que tem que ser feito. A vida se arrasta pelo dia a dia... muitas vezes a pessoa pode sofrer de depressão ou sentir que precisa de guardar, interiorizar, por isso esse momento se torna um pouco solitário. Mesmo que esteja rodeada por pessoas, se sente só. E esse é o propósito do trânsito: repolarização interior. Para alcançar uma compreensão mais profunda do mundo e de si mesmo, do propósito de sua vida, de seus pais, como eles influenciaram sua jornada e o papel das regras e das normas para tornar o ser humano que é. Por isso esse período é melancólico, repleta de medos e de sentimentos de inferioridade.
Quando o trânsito ocorre mais tarde na vida, acentua a necessidade de auto afirmação, sua individualidade, contrariando ou afirmando as regras e tradições. A pessoa precisa obter reconhecimento e respeito, colher os resultados de uma vida de disciplina... ou não. Os eventos que ocorrem vem para legitimar um caminho de acordo com sua essência interior ou abrir os olhos para um caminho nada coerente. Como a pessoa se relacionou com a família, com o trabalho, com a carreira, com a família bate à porta.
De qualquer maneira, para todos que passam por essa experiência, não saiam dela achando que o mundo é um lugar frio e triste, não. A vida é sábia e o trânsito saturniano ensina lições valiosas de como alcançar o sucesso, o que é necessário para concretizar suas ambições. Se permanecer centrado, objetivo e positivo, mesmo que as coisas pareçam sombrias e cheias de obstáculos, quando sair desse período o cotidiano vai adquirir um sabor diferente, as cores vão parecer mais fortes e você terá uma fortaleza íntima, capaz de ver através das dificuldades e enxergar novos caminhos e oportunidades. O sucesso só vem através do trabalho duro e da disciplina. Por mais que não gostamos de regras, elas não necessárias para o desenvolvimento pessoal. Quando assumimos essa parte dentro de nós, nos ajustamos conscientemente sem qualquer perda de integridade podemos expressar nossa identidade livremente.

***********
Muito interessante para quem tenha ascendente Virgem, que é o meu caso também.

18 de julho de 2008

O Medo e a Guerreira


O medo bloqueou minha estrada
limitou meu espaço, acorrentou minha alma,
travou meu passo.
O medo cercou minha trilha
enforcou-me num laço
calou minhas palavras,
me tornou seu escravo.
O medo matou dentro de mim
uma semente chamada liberdade
aquela que brota com o vento
e semeia a felicidade.
O medo confinou meu ser,
nas entranhas do destino,
num emaranhado como de um arame farpado,
arruinado e desprovido.
O medo me condenou, me baptizou
com minhas lágrimas, selou minha boca
cegou minha verdade, esfacelou meu sonho
e amordaçou minha vaidade.
O medo amputou minha força
Esquartejou minha coragem
Esfaqueou meu peito...Tornou-me um covarde.
O medo escureceu meu brilho
Apagou minhas estrelas
Secou meu riacho
Murchou minha flor
Tornou-me seu capacho.
O medo quebrou o cristal polido,
estilhaçou em mil pedaços minha facede vidro,
não sou mais eu, agora sou apenas...cacos perdidos.

(Leni Martins)

Encontrei este texto sobre o medo, que define exactamente aquilo que o Medo fez na minha vida.... a maioria das vezes absolutamente encoberto, escondido, camuflado.
Um medo incapacitante, como uma sombra lasciva, pegajosa, intoxicante...
É muito complicado chegarmos á conclusão que atitudes e decisões que tomámos no passado e que foram tidas - pelos outros e por nós mesmos - como coragem ou força, não passaram na verdade de covardia e fraqueza.
É duro apercebermo-nos que as verdadeiras atitudes de coragem só foram tomadas quando nada mais restava a não ser saltar para o abismo ou enfrentar tudo e mudar. Entre a espada e a parede...E é terrivelmente doloroso entender que para crescer não teria sido necessário nada disso, bastava não ter cedido ao medo, não lhe ter dado esse poder e ter sido apenas autentica. Ter sido sempre Eu mesma. Independentemente das opiniões dos outros. Independentemente da busca de aceitação. Independentemente da minha insegurança. As lições estavam lá, as provas também...mas eu não precisava de dificultar o caminho para as ultrapassar.

Obrigada Medo.
Pela visita ontem á noite.
Vieste bem armado e tão forte como sempre.
Assumo que não eras esperado...
Mais, considerava-te já um caso do passado...
Mal resolvido, disseste.
Temos toda a noite...
A Lua está cheia
A fogueira é quente.
Resolvido amanheceste.


Tiveste as tuas chances, aproveitaste todas as migalhas de fragilidade do meu Ser ao longos destes 35 (!!!) anos. O teu tempo acabou.
Hoje eu recuso ser tua escrava. Hoje e para sempre eu declaro-me Livre.
Os meus "cacos partidos" foram recolhidos e fundidos para dar origem a um novo Eu...uma criança...a minha criança interior...um bébé ainda.
Que tenha as forças do céu,
A luz do Sol,
O esplendor do Fogo,
O resplendor das chamas,
A velocidade do Vento,
A rapidez do Raio,
A firmeza da Rocha,
A estabilidade da Terra,
A profundidade do Mar.
E que Amanheça todos os dias, autentica,
pela força secreta e Divina que a guia...

A ti Medo, que eu aprendi a tratar por "tu", que desisti de combater ou de fugir, que te convidei para partilhares a minha fogueira... resta assumires a derrota, venceste todas as batalhas da minha vida mas vai ser a Guerreira a vencer esta Guerra !

16 de julho de 2008

O Homem Santo

A criança continuou a sua jornada por aquela Terra estranha, que ela pensava conhecer mas que afinal a deslumbrava e surpreendia a cada passo que dava, a cada curva do caminho que descobria.
Depois do seu encontro com o Cavaleiro sem olhos, haviam-se criado as fundações de onde poderia construir a sua vida interior e o seu futuro solidamente...mas ao afastar-se no tempo e no espaço daquela última aparição, o seu coração foi atingido por um medo súbito...e se tudo voltasse a falhar? E se todo este árduo trabalho fosse em vão como sempre tudo o que fizera na sua vida? E se se tratasse de uma ilusão? Ou e se não fosse suficientemente boa, merecedora, se não estivesse á altura?
Este era um pensamento recorrente que a atormentava. Siala, a criança, caminhava agora angustiada sentindo-se perdida e dividida entre a segurança de se saber correcta e saber o seu próprio valor, e a insegurança de não saber se isso não passaria também de mais uma ilusão, um engodo lançado por ela mesma a si mesma e que não lhe permitia ver-se na insignificância que ela mesma era...
Ao olhar para o topo de uma pequena colina, viu um lugar que pela luz emanada só poderia ser um lugar sagrado. Lá encontrou um homem sábio, justo e bom, um Homem Santo. Junto dele encontravam-se alguns acólitos que se afastaram deixando Siala passar.

"Mestre, pois a tua luz não engana quem vê com o coração...sinto medo e não sei como livrar-me dele..." e a criança contou então ao Mestre todo o seu percurso e os seus medos.

O Homem Sábio sorriu-lhe, tocou-lhe o coração e o ponto entre os dois olhos e respondeu com uma voz grave e quente, firme mas doce:

"Só existem duas maneiras, criança, ou desistes daquilo que tens medo de perder, de forma a que não mais detenha qualquer poder sobre ti; ou consideras aquilo que ainda poderás ter quando o teu medo passar...independentemente do resultado. Afinal de contas, mesmo que viesses a perder tudo o que reconstruíste novamente após tanto sofrimento e dor, continuarias a possuir a experiência e aprendizagem reunidas até esse ponto, correcto? Essas ninguém poderá tirar-tas nunca...e são essas posses que te poderão permitir sempre um novo recomeço...por isso pergunto-te...que temes tu Siala?"

Esta resposta pragmática e surpreendente libertou a criança do seu medo mais profundo, companheiro de muitos anos e provocador de muitas situações desagradáveis na sua vida, e Siala saiu do santuário sentindo-se em condições de enfrentar o Mundo e os seus desafios novamente.
Ao retomar o seu caminho, na sua mente vibrou por uma última vez a voz grave e amistosa do Hierophant

"Tu sabes resolver os teus problemas. Não é fácil, pode não ser rápido, mas é perfeitamente fazível. A solução está ao teu alcance, apenas tens que a puxar do plano superior para o teu plano de acção. Trazê-la de cima para a Terra!"

Com estas palavras a revigorarem as suas forças, Siala proseguiu de cabeça erguida...sem medos.

Axioma: “De ouvido te havia escutado, mas agora meus olhos te vêem e o meu coração te sente...”





10 de julho de 2008

PÉROLA - ADOPTADA :)

Infelizmente continuo a receber centenas de apelos por dia no meu email. Isso significa apenas que a forma como os animais são tratados neste país não melhorou nada nos últimos anos. Este espaço não é um espaço de divulgação animal, ou de adopção. Contudo casos como este têm que ser divulgados e quem sabe? Talvez esta Pérola encontre quem por ela espera ;) Boa sorte irmãzinha! Pois aos olhos do universo, todos os seres vivos são iguais.

Urgente divulgar! Trata-se de uma cadela labradora pura, que fez serviço para a GNR tendo sido treinada para busca e salvamento. Serviu a sociedade durante 9 anos!! É uma cadela extremamente bem educada e dócil, que infelizmente cegou devido a um glaucoma. Os animais adaptam-se extraordinariamente bem quando perdem a visão pois têm um faro e audição muito apurados o que lhes permite fazer uma vida normal mesmo quando cegos...
A GNR não poderá tê-la lá por muito mais tempo e teme-se a decisão que possa ser tomada por imposições superiores. A GNR quando pediu a colaboração da SOS Animal foi porque esta menina merece ser feliz e gosar os seus merecidos anos de descanso.

Vamos ajudar a Pérola? Afinal de contas, quantas pessoas não terá ela ajudado quando estava a 100%?
Contactar: sosanimal@sosanimal.com ou margfil@gmail.com

9 de julho de 2008

A lei da atracção e os trânsitos astrológicos


Vale a pena ler! António, mais uma vez um texto do teu site, que continua a ser de visita obrigatória :) Um beijo e continuação do excelente trabalho!
Por Paulo Costa


Todos vocês conhecem estes dois conceitos: a lei da atracção e os trânsitos astrológicos. Independentemente disso irei dar a minha definição relativa a estes dois conceitos. O da lei da atracção baseia-se na materialização de pensamentos / sentimentos. Nós atraímos para a nossa vida o que pensamos ou que sentimos.
Exemplo: O senhor A acorda bem disposto, sorridente e cheio de força no dia X. Vai tomar banho e vê que não tem gel para o duche, sorri e lava o corpo com shampoo. Ao vestir-se rasga a camisa, tira-a e veste outra e pensa se calhar a camisa rasgou-se por estar velha e é um sinal que precisa comprar mais camisas.
Quando chega ao trabalho o seu PC não funciona e ele espera pacientemente pelos informáticos para arranjarem a máquina. Enquanto espera por eles vai actualizando a sua lista de contactos. Enquanto fazia isso, nota que havia um contacto que precisava de telefonar e enquanto conversa com ele depara-se-lhe uma oportunidade de negócio óptima.
Chega a casa e repara que não tem comida, o que o lembrar-se de ligar a uma amiga para ir jantar fora. Tem um excelente jantar… (o resto fica para a vossa imaginação).
Agora vejamos o exemplo do mesmo senhor B no mesmo dia X em que ele acorda rabugento e maldisposto: ao ver que não tem gel de banho, amua e não toma banho, ficando com o cabelo estilo “ninho de ratos”. Ao vestir-se rasga a camisa… grita, esperneia e bate com o joelho na esquina da mesinha de cabeceira. Vai a coxear para o trabalho.
Chega ao trabalho e o PC não funciona. Refila com toda a gente e por fim chama os informáticos. Enquanto estes arranjam o PC vai buscar um café (note-se as propriedades relaxantes da cafeína) e enquanto faz isso, de mau humor o chefe passa por ele e faz um reparo ao seu cabelo, AKA ninho de ratos.
Ao chegar a casa, já tarde, uma vez que passou a maior parte do dia a fazer pesquisa para tentar encontrar oportunidades de negócio, notou que não tinha comida e vai ao minimercado do bairro encontrando-o já fechado. Refila e volta para casa, mandando vir uma pizza, a qual come sozinho e às escuras, pois às 11 da noite faltou a luz…
Este exemplo pode parecer um pouco exagerado (perdoem o meu ascendente Sagitário) porém, é para mostrar um pouco a sincronicidade e o pensamento positivo (e consequentemente a facilidade de transformar coisas más em oportunidades), que fazem parte da lei da atracção.
Os trânsitos astrológicos são tendências que nos são dadas pela posição dos astros em determinada altura da nossa vida, comparando com os dados do nosso mapa astral. Uma vez que são tendências, não deverá ser possível normalmente prever acontecimentos em particular, somente possíveis tendências em determinadas áreas durante um certo espaço de tempo.
Então qual a forma de co-relacionar estas as leis dos Astros e da Atracção?
Talvez o melhor exemplo de como estas duas lei funcionam seja fazendo a comparação da vida com um jogo de computador…
A aventura começa com o nosso herói de capa e espada a procura de salvar o mundo…
O nosso herói percorre o seu caminho e encontra um monstro à sua frente (trânsito astrológico), batalhou, caiu e levantou-se de novo com mais confiança e passou o monstro (lei da atracção - vertente positiva). Continua no seu caminho e encontra um novo monstro mas desta vez enquanto luta contra ele, fá-lo com sentimentos negativos e aparece o gémeo do monstro para dificultar o caminho (lei da atracção - vertente negativa). O herói continua o seu caminho após vencer os monstros e encontra-se perante uma bifurcação (escolha)…
A estrada do lado direito é feita de pedras polidas com flores na berma e aparentemente parece a mais fácil. A estrada do lado esquerdo é irregular e feita de terra e tem um riacho por perto. O Herói hesita mas segue o que a sua intuição lhe diz… a estrada do lado esquerdo, no entanto não sabe logicamente o porque…
Com o decorrer do tempo nessa estrada longa apercebe-se que esta Estrada aparentemente suja, visto ter o riacho por perto, a sua água é mágica e dá mais pontos e energia ao nosso herói…
Enquanto continua o seu caminho e entra na floresta mágica e nota que está a mudar de forma e que lhe aparecem vários monstros, ele luta para conseguir sair dali virando sempre para a esquerda e aparecem-lhe mais monstros que o deixam no chão exausto e ele nota que ganha “asas”, porém perde a sua espada e estas asas ao contrário do que se podia pensar pesam no herói e ele não consegue voar…
Continua a lutar ensanguentado aos socos e pontapés, exausto cai no chão e grita para os monstros para desaparecerem dizendo-lhes que vai por outro caminho na floresta… Como por artes mágicas eles desaparecem e as asas que eram um peso para ele tomam a forma de grandes asas brancas tal qual como de uma águia.
O Herói consegue voar…
Isto é um trânsito astrologico. Isto pode ser considerado como um Plutão em trânsito conjunto ao Ascendente…
Então vira a fatídica pergunta: “Se e fosse um jogo de computador o final seria o mesmo?”
Na minha óptica a resposta é não. Há vários finais alternativos consoante as escolhas do jogador, porém essas escolhas estão delimitadas pelas alternativas do jogo. Existe tempo, existe um espaço delimitado, existem imensas mas finitas alternativas (o jogador pode apanhar créditos ou débitos, mas há um limite).
Citando uma marca desportiva: “LIFE IS SHORT, PLAY HARD”…

5 de julho de 2008

Parabéns Filha

(05.07.2006)
...Filha, OBRIGADA!
Por me teres dado a honra de ser tua mãe.
Por me teres escolhido.
Por teres nascido!
Pequena Guerreira,
que a luz arda sempre fulgurante no teu olhar
Que a tua arma seja a espada do amor e da firmeza
Que o teu escudo seja feito do cobre da inteligência
Que o teu manto seja tecido dos sonhos realizados
Que o teu Mundo seja a cada passo por ti criado...
e que nunca deixe de ser também um Mundo encantado.

Salve, minha pequena e linda Fada...MORGANA.

29 de maio de 2008

MÃE ESTELAR

I cry out with no reply

and I can't feel You by my side

So I'll hold tight to what I know

You're here and I'm never alone.

And though I cannot see You

And I can't explain why

Such a deep, deep reassurance

You've placed in my life

We cannot separate

Cause You're part of me

And though You're invisible

I'll trust the unseen


Sabem quando olham á vossa volta e se sentem ... aliens?
Verdadeiros outcasts entre os vossos pares? Familia, amigos...
Como se, embora agindo nesta realidade, pertencessem a outra dimensão completamente diferente?
Conhecem a sensação de serem os únicos a verem determinadas coisas?
Como se na sombra de cada gesto o gesto real se desenhasse invisível ao olhar mortal?
A ouvirem o que não é dito? Sons murmurados no eco de cada som perfeitamente proferido por lábios cerrados?
Sensação estranha esta...e contudo reconfortante pela sua já longa familiaridade.
A única coisa que mudou foi a aceitação...imaginem uma câmera de filmar que em apenas segundos percorre todos os ângulos possíveis e perspectivas inimagináveis e quando para, abrupta, é a vocês que foca. Fria e cruelmente. Uma imagem onde tudo é revelado na vertigem do movimento interrompido.
Uma vida inteira a lutar para ser igual (e pergunto-me...igual a quê?), quando na verdade tenho que aceitar e viver com a diferença que faz de mim o que eu sou, Anjo ou Demónio? Bela ou Monstro? Detentora das chaves ou Eterna perdida? Guerreira ou Covarde? Algures entre as imagens reflectidas desta casa de espelhos retorcidos, "the truth awaits"...a verdade aguarda ser resgatada.
Encontro os seus pedaços e tomo-os como meus que sempre foram. Sem os possuir integro-os e deles me visto enquanto as roupas tão usadas caiem e se desvanecem na bruma do passado marcado a cada batida do coração dorido mas ainda flamejante de vermelho imaculado.
Por vezes só me apetece fugir...mas depois penso...para onde?
Para onde fugiria eu?
E é como se a minha alma abarcasse todo o planeta sem nele encontrar o local onde poderia finalmente fechar os olhos e repousar.
E depois recordo-me...imagens flashadas em paredes negras que se cobrem do branco salgado das lágrimas que não verto, como cera derretida de velas há muito consumidas.
Uma vozinha infantil brota da chuva onde mal consigo vislumbrar o meu Eu reflectido.
"Quero ir para casa mamã...já chega."
E a dor atinge aquela que sou Eu aqui, e quase aposto que do outro lado do véu a minha essência se encolhe subitamente tomada pela angustia que lhe grito neste devastador silêncio nocturno.
E como mãe atenciosa que é, Ela, a minha Mãe de sempre e para sempre, lá me vai afagando a face e explicando olhos nos olhos que ainda não chegou a altura e que eu tenho que me comportar como uma menina crescida, forte e ser muito corajosa. Para não ter medo, pois caia as vezes que cair, ela dar-me-á sempre a mão...mesmo que eu não a veja...para seguir o meu caminho pois Ela terá sempre muito orgulho em mim.
Ao tocar a minha face adulta sinto-a molhada daquelas lágrimas que vejo brotarem dos olhos negros daquela criança impetuosa e contudo tão insegura que já fui eu.
E recordo-me de ouvir aquelas palavras tantas vezes ditas pela minha Mãe, fluírem dos meus lábios para abraçarem a minha própria filha dando-lhe as armas contudentes para desbravar os primeiros metros do seu trilho neste mundo enredado em lianas de escuridão aqui e ali rasgada pela luz cintilante dos seres de Luz que teimam em não debandar.
Á laia de despedida, o Seu sorriso estelar, cheio de brilho e de luz..."todos te aguardamos com muita saudade...todos seguimos atentamente as tuas aventuras e desventuras...rimos e choramos contigo. Nunca penses que estás só, nem por um segundo, nem por todo o tempo desse teu mundo."

Sim...eu sei que não estou só. Mas tenho saudades Tuas, e embora Tu me vejas..os meus olhos cegaram quando nasci aqui Mãe. Mas por muito cansada que me sinta sei que é a tua força que diariamente me ajuda a continuar. Passo a passo. Cada vez mais firme. No meu caminho.

PS. Este texto surgiu de fragmentos sentidos recentemente e que calei pois na altura não tinha tempo para senti-los verdadeiramente. Reunião familiar e reencontros com alguns amigos com os quais já não há muita ligação. Nasceu de uma noite de insónia e materializou-se hoje. Surpreendeu-me no seu desenvolvimento e quem sou eu para apagar o que assim se vai escrevendo?

19 de maio de 2008

O Mestre e o Escorpião


Um Mestre Oriental viu um escorpião que se estava a afogar, e decidiu tirá-lo da água mas quando o fez, o escorpião picou-o.
Como reacção à dor, o Mestre soltou-o e o animal caiu à água e de novo estava a afogar-se.
O Mestre tentou tirá-lo outra vez, e novamente o escorpião picou-o.
Alguém que tinha observado tudo, aproximou-se do Mestre e disse:
- Perdão, você é teimoso? Não entende que de cada vez que tentar tirá-lo da água será picado pelo escorpião??!
O Mestre respondeu:
- A natureza do escorpião é picar mas isso não muda a minha natureza, que é ajudar.
Então, com a ajuda de um ramo, o Mestre retirou o escorpião da água e salvou-lhe a vida.


Um miminho para os muitos escorpiões e alguns mestres que andam por aí :)

Quanto a mim, continuo na batalha diária não contra o tempo, mas contra a falta dele...o que leva a intensas negociações com o relógio para que consiga fazer todas as tarefas que têm que ser feitas no minimo espaço de tempo possível. Acho que me ando a especializar nisso e não tarda sou uma expert em fazer verdadeira magia do dia-a-dia.
Ando cansada mas feliz, aceitei as coisas que não posso mudar e emprego a minha energia a tentar mudar as que posso, e esta ligeira alteração na minha forma de estar deu-me a paz e motivação que necessito para atingir os meus objectivos. Um dia de cada vez.
Ajuda também saber que se trata de uma situação transitória. Como tudo na vida. A sua duração não depende de mim, mas a forma como é vivida e os frutos que poderá ou não dar esta fase só de mim dependem. Há que aproveitar...cada dificuldade traz em si uma oportunidade.
Tudo se encaminha na direcção há muito desejada, as peças vão-se encaixando, e pela primeira vez não tenho pressa.
Sempre apressei tudo na minha vida, impaciente como sempre fui, o que me levou a construir castelos de areia que nunca resistiram a mais que uma ou duas maresias. Agora é diferente. Talvez seja a sensação de que até agora todos acreditaram em mim mas agora que eu acredito em mim pela primeira vez, os outros desconfiam dado ao meu passado de erros crónicos.
É hora de caminhar "sózinha", sem esperar ser reconhecida por ninguém que não eu mesma, de erguer a cabeça sem medos e olhar o horizonte com infinita esperança, e em cada passo que der depositar toda a minha confiança, pois esse era um passo há muito esperado pelo Universo.
Sim. Estou pronta para recomeçar sem pressas. Com uma segurança forte e alicerçada no conhecimento do meu Eu, alicerçada na força do meu Amor, alicerçada na confiança em mim mesma e nas minhas capacidades. Afinal de contas...não foi exactamente para esse momento que toda a minha vida me preparou? Acabou a Escola. É altura de arregaçar e aplicar os conhecimentos das lições tão duramente repetidas.
E isto é o que faz toda a diferença.
Sim...estou pronta.

15 de maio de 2008

O Imperador


Símbolos
Trono, cabeça de carneiro, ceptro, globo. Por vezes a águia.

A Historia
O Louco* (representa sempre o questionador) recebeu opções do Magico e decidiu-se por uma delas com a ajuda da Papisa (ou Grande Sacerdotisa). Ele aprendeu a desenvolver essa opção com as indicações da Grande Imperatriz. Agora necessita de gerir a opção escolhida. Como fazê-lo? Ele aproxima-se do Grande Imperador, que se encontra sentado num trono de pedra. Ele maravilha-se com a forma como o Imperador é prontamente obedecido de forma inequívoca e alegre e como o seu Império se encontra bem dirigido. Respeitosamente ele pergunta ao Imperador como ele consegue tudo aquilo. A resposta não tarda " Vontade forte e Fundações sólidas, está muito certo ser-se sonhador, criativo, instintivo, paciente; mas para se ter verdadeiramente o controlo das situações, uma pessoa tem que estar alerta, ser-se bravo, ter espirito de iniciativa e ter uma certa dose de agressividade."
Finalmente preparado para liderar em vez de ser apenas liderado, o Louco segue caminho com um novo propósito e rumo.

Significado Básico
Como Carneiro, o Imperador segue-se naturalmente á Imperatriz grávida. Carneiro é a criança, o primeiro signo do Zodíaco. Como criança que é, ele é entusiasta, enérgico, agressivo. É directo, confiante e a maioria das vezes irresistível. Infelizmente, como bebé que é, também pode ser um tirano, impaciente, exigente e muito controlador. Nas melhores circunstancias ele é o Líder que todos querem seguir, sentado num trono que indica fundações sólidas de um Império criado por ele de raiz, e que ele ama e governa com inteligência e entusiasmo. Mas esse trono pode também ser uma armadilha, uma responsabilidade pesada que faz o Imperador sentir-se aborrecido e descontente.

Observação
A carta do Imperador é a carta "Who's the boss?"
Esta é a uma questão fundamental.
O significado desta carta inclui o estar-se em controlo em relação ao ambiente circundante, ao nosso corpo, à nossa mente e temperamento, aos instintos, à vida amorosa.
Esta não é a altura de ceder ao subconsciente, de se ser controlado por outras vontades ou necessidades. É a carta que dá ao Questionador permissão para ser agressivo, bravo, confiante e para assumir o comando. o Imperador pode ser a figura do pai, líder ou patrão, que pode ser tanto um Tirano exigente como um Rei carismático.
Se a carta é directa ao Questionador, é altura para olhar o seu Império e avaliar se é um reino próspero e agradável, ou se este se tornou um sitio desagradável, e caso afirmativo, se ele é um mau líder, sempre a exigir e sempre descontente e infeliz. Nesse caso, é altura de abdicar do Trono.
Significados positivos:
Poder, estabilidade, progresso material, realização, honestidade, segurança, apoio, organização, convicção, protecção, conquista de metas, força de execução, vontade, forte autoridade, poder público, a lei, perseverança, força resoluta, certeza, o verdadeiro mago, não tem medo de nada, controlo emocional, sabedoria, espiritual, não admite cobranças.
Com o ceptro na mão direita fechada, ele olha com firmeza, representando a força por meio do sucesso material. Tem sabedoria e senso de justiça para lidar com todos os assuntos. Exerce respeito sobre as outras pessoas, mas necessita sempre do apoio de alguém superior para se realizar profissionalmente.
Significados negativos:
Imaturidade, falta de energia, indecisão, incompetência, futilidade, limitação, dogmatismo, fraqueza de caráter, imobilismo, medo da autoridade, perigo, medos, ingenuidade, o tirano, na saúde indica problemas de fígado, stress e vesícula.

LETRA HEBRAICA - DALETH - Símbolo do mistério do poder. Dispõe da sua saúde e da sua vida e pode também dispor das dos outros. "O tetagrama".

AXIOMA - "Bem diga o trabalho de tuas mãos e no do pensamento coloque o coração..."

* O Louco, carta 0 : Com todas as suas posses num pequeno saco, o Louco enceta um caminho sem rumo definido. Ele encontra-se tão cheio de visões e sonhos que não parece aperceber-se do abismo onde pode cair. Aos seus calcanhares um pequeno cão tenta alertá-lo para o passo em falso. Esta é a carta das possibilidades infinitas. O saco que carrega significa que ele tem tudo o que necessita para fazer e ser aquilo que ele quiser. Ele está no caminho para um novo começo, mas esta carta tem em si mesma um alerta: parar de fantasiar e de sonhar com os olhos abertos, e estar atento ao caminho e aos passos que dá, caso contrário cairá e acabará por parecer um louco.
No espaço de um mês e meio, é a terceira vez que me calha o Imperador...ainda da ultima vez eu dizia-te G. que esta carta estava a sair novamente porque havia algo que eu não tinha compreendido á primeira...assumir o controlo que sempre temi, fugindo da situação encoberta com a desculpa de "eu não consigo fazer isto e vou errar" e dessa forma correndo cegamente para o abraço do erro sucessivo . :)

8 de maio de 2008

O Julgamento


JUDGEMENT
Basic Card Symbols

Angel, trumpets, graves with people rising from them, often water or an ocean.

Basic Tarot Story

As the Fool leaves the garden of the Sun, he feels that he is near the end of his journey, ready to take a final step. But something is keeping him from doing this, holding him back. He gazes up, hoping to find guidance from the Sun; instead he sees above him a fiery angel, beautiful and terrible.

"You are right," the Angelic figure confirms, "you have only one last step on your journey, one final step to completion. But you cannot take that step until you lay your past to rest." The Fool is perturbed. "Lay it to rest? I thought I'd left it behind, all of it," he says. "There is no way to do that," The Angel observes. "Each step wears down the shoe just a bit, and so shapes the next step you take, and the next and the next. Your past is always under your feet. You cannot hide from it, run from it, or rid yourself of it. But you can call it up, and come to terms with it. Are you willing to do that?"

The Angel hands the Fool a small trumpet. The Fool is hesitant, but he knows that this is a final decision. Either to go forward, or stay where he is. He blows, and the trumpet's song echoes across the sky, its vibrations seeming to crack open the Earth. From under the Fool's feet, memories rise. Images of his innocent youth, challenges, loves, failures, losses, success, disillusionment and wisdom.

For the first time, he does not try to leave them, ignore or forget them, but accepts them. They are, he sees, nothing to fear. They happened, but they are gone now. He, alone, carries them into the present. With that understanding, the memories vanish. Though they remain in his mind, they no longer have any power over him. He is free of them, reborn, and wholly in the present.

Basic Tarot Meaning

With Fire as its ruling element (or Pluto as its ruling planet), Judgement is about rebirth, ressurection. The idea of Judgement day is that the dead rise, their sins are forgiven, and they move onto heaven. The Judgement card is similar, it asks the resurrection to summon the past, forgive it, and let it go. There are wounds from the past that we never let heal, sins we've committed that we refuse to forgive, bad habits we haven't the courage to lose. Judgement advises us to finally face these, recognize that the past is past, and put them to rest, absolutely and irrevocably. This is also a card of healing, quite literally from an accident or illness, as well as a card signaling great transformation, renewal, change.

Thirteen's Observations

Judgement is often a hard card to read; it usually signals just a big change, that involves leaving something old completely behind and stepping into something completely new. Like closing the door on an old job, and opening the door to a new and very different career. But it'is also about making a final decision, to take that plunge into the new career, to forgive your family, to leave an abusive spouse, to make a new life. To heal and renew. A very hard card to read in part because it deals with very hard and final decisions. And it means facing something that most Querent's don't want to face. You can't hide any longer, this card says, all the dead have risen and are out in the open. Face what you have to face, make that decision. Change.


Para aqueles que chegaram até aqui, cá fica a explicação deste post...
Todas as segundas-feiras tiro uma carta de Tarot que é a carta que eu devo trabalhar e compreender durante essa semana. É também a carta que me irá ajudar nesses dias, se eu assim deixar acontecer...este é um trabalho de equipa e não unilateral.
Esta foi a forma que adoptei para me relacionar com o Tarot e para conseguir apreender todo o seu real significado, que vai muito para além daquilo que normalmente se sabe, se diz e se pensa :) Para além de toda a parte adivinhatória sobejamente conhecida, este é um grande instrumento de meditação, de aprendizagem sobre nós mesmos e tudo o que nos rodeia, e de crescimento.
A partir de agora, partilharei aqui as cartas que me forem saindo...afinal este é também o meu diário e as descobertas que tenho feito a par com as "coincidências" que eu não acredito existirem levam-me a desenhar um sorriso enquanto escrevo estas linhas.
Em conformidade com esta carta, o passado levantou-se e veio ter comigo uma vez mais...a melhor imagem é mesmo um esqueleto irritante que volta não volta resolve levantar-se da sepultura e vir na minha direcção materializando-se nas situações mais estranhas e súbitas, numa tentativa certeira de me irritar (oiça-se o ruído de ossos a batarem uns nos outros clac clac clac ou coisa assim).
Isso acontece porque esta última parte do passado foi de facto sepultada muito á pressa, sem serviço funebre, sem velório e sem luto. E pelos vistos não gostou. Foi uma correria louca em todos os sentidos, mas se assim não tivesse sido, eu não estaria aqui a debitar baboseiras...o que não vale gostar de exercício fisico, olhem que foi mesmo por um triz :) Concluindo, tenho mesmo que pegar na pá e atacar o monte de terra que ficou por atirar na dita sepultura, pois enquanto não o fizer o gajo não descansa e vai continuar a azucrinar-me a vida, como se eu não tivesse já pouco com que me ocupar.
E sabem uma coisa? Depois da irritação inicial (muito passageira), e da tentação de ignorar por completo a situação em si (tipo, que se dane!), optei pela aceitação do facto de ainda ter algumas acções pendentes a desempenhar para que possa finalmente dizer-lhe..."descansa em paz". E sinto-me muito tranquila em relação a isso.

Não tenho escrito. As palavras fogem-me. O tempo é escasso. E depois quando escrevo, sai disto. Realmente quem chegou até aqui já tem um lugarzinho reservado lá em cima LOL vão é ter que meter uma cunhazinha para ficarem longe de mim senão lá voltam vocês a levar comigo. Há fases assim.

30 de abril de 2008

BELTANE - O Casamento Sagrado



Beltane, ocorre no pico da Primavera. Marca o momento em que a Terra se aquece pelo calor do Sol e o Inverno é oficialmente deixado para trás. É celebrado no hemisfério norte por volta de 1 de maio, e no hemisfério sul por volta de 31 de outubro. Na véspera de Beltane, as energias sexuais naturais atingem seu ponto mais alto. Marca a parte brilhante do ano e um tempo de equilíbrio natural. Na roda do ano fica do lado oposto de Samhain. É um festival de luz que simboliza a união entre as energias masculinas (o Senhor das Florestas) e femininas da terra (a Rainha da Primavera). Como Samhain representa o anoitecer do ano, Beltane representa o amanhecer. O Sol está se aproximando do seu auge que ocorrerá em Litha, e o calor ajuda a fertilizar as plantas e sementes, e os animais brincam e se acasalam. A Deusa e o Deus estão agora em plena vitalidade e amam-se com toda a intensidade. Eles irão consumar seu amor, sua paixão é evidente em toda a vida presente na Terra. Esse Sabá marca a união da Deusa e do Deus representando a fertilidade dos animais e as colheitas do próximo ano, é a união de todos os poderes que trazem vida a todas as coisas. Comemoramos a fertilidade, o amor que dá forças à tudo e o retorno do Sol em toda a sua intensidade. A palavra Beltane vem do nome céltico do Deus “Bel” que é o Senhor da vida, da morte e do mundo dos espíritos. “Tinne” significa fogo. Assim Beltane quer dizer “Fogo de Bel”. Portanto, também podemos dizer que, nessa visão Beltane é derivado do antigo Festival Druida do Fogo. No dia de Beltane o Sol está astrologicamente no signo de Tauros, o Touro, que marca a "morte" do Inverno, o "nascimento" da Primavera e o começo da estação do plantio. Beltane é o momento de celebrar a vida em todas as formas, de dar boas vindas ao Verão, é o momento de equilíbrio, nos despedimos das chuvas para receber o calor do Sol. Algumas práticas de Beltane Na Bretanha, a união do masculino com o feminino ainda é reconhecida nas comemorações tradicionais de Primeiro de Maio (ou festa da Primavera), com a coroação da rainha da Primavera e as danças ao redor do mastro. Beltane é particularmente notado como a época de ver e comunicar-se com o mundo encantado de fadas e duendes. É comum aventurar-se por um antigo bosque, floresta, campo nessa época do ano, e provavelmente serão encontrados círculos de cogumelos crescendo embaixo de copas de árvores (conhecidos como “anéis das fadas”) que dizem marcar o lugar onde as fadas dançam em suas comemorações noturnas. Os celtas acreditavam que a terra das fadas e a terra dos sonhos eram a mesma coisa e que esse era um outro reino que existia no mesmo espaço físico que nós, só que com uma vibração mais elevada. Pode melhor ser percebido quando a mente está em estado de sonho, semelhante àquele em que estamos quando prestes a adormecer. A luz das fogueiras de Beltane no topo dos montes e em lugares sagrados era um ritual importante em todas as terras célticas. Essas fogueiras eram chamadas de “fogueiras da necessidade”, eram construídas de uma forma sagrada e davam-lhe oferendas como, por exemplo, ervas, artefatos animais ou totens para imbuir o fogo de poderes que seriam então passados para o gado. Era tradição as pessoas pularem as fogueiras para encher-se das energias poderosas, curar doenças, assegurar bons partos e pedir bênçãos dos Deuses da Fecundidade. Na Bretanha, nove homens levam nove tipos diferentes de madeira para acender a fogueira de Beltane. Nove é um número de grande potência para os celtas e é mencionado com freqüência na mitologia céltica. Originalmente as fogueiras eram acesas ao redor de uma única árvore sagrada ou mastro decorado com vegetação e flores para representar a união das energias do Senhor das Florestas e da Rainha da Primavera. Esse foi o precursor do Mastro de Maio. No final da festa cada família levava brasas desse fogo para sua casa, simbolizando a renovação da vida e reacendiam o fogo doméstico para compartilhar o divino e receber a benção de esperança para um Verão próspero e fértil, com uma colheita abundante. Era costume colher orvalho na manhã de Primeiro de Maio, e cantar uma estrofe inglesa que diz: “A donzela que em Primeiro de Maio For para os campos ao amanhecer E banhar-se no orvalho de um pilriteiro Beleza eterna era ter”. Fazer uma coroa de maio com pilriteiro para a Rainha da Primavera e dar como oferenda para as fogueiras de Beltane, ou usá-las como decoração nas mesas das casas durante o banquete colocando pensamentos positivos era uma prática celta. Um dos símbolos mais conhecidos é o Mastro de Beltane (Maypole, Mastro de Maio) feito de tronco de uma árvore forte e alta, normalmente o vidoeiro ou freixo e enfeitado com flores e tiras de fitas. Uma vez decorado, antigamente era elevado em uma praça da aldeia (um ponto focal das atividades da comunidade) para que todos dançassem em volta entrelaçando as fitas no mastro. Essa prática é mais do que uma simples dança de festa, o mastro simboliza o falo do Deus e ele sempre é ornado com uma coroa de flores simbolizando a vulva da Deusa. Ao entrelaçarem as fitas os participantes representam a união sexual do divino, a união da Deusa e do Deus. Na Europa Antiga, as pessoas celebravam Beltane unindo-se sexualmente em meio os bosques, e todas as crianças concebidas dessas uniões eram consideradas “bem aventuradas” e filhos da Deusa e do Deus. Essas uniões em meio às arvores era um ato de Magia simpática, de forma que se acreditava na união com os reinos animal, vegetal e humano. Entre os povos da Europa, o gado, que tinha ficado preso durante todo o Inverno, era solto nos pastos em Beltane, a festa que confirmava a promessa da Primavera e o aumento da luz do Sol. Os antigos Druidas faziam bolos redondos (Bolos de Beltane), que durante a celebração eram divididos em partes iguais e consumidos durante o sabá. Nas Terras altas da Escócia, os bolos de Beltane são usados para adivinhação, sendo atirados pedaços nas fogueiras como oferenda aos espíritos e deidades protetoras.
Atividades comuns em Beltane:
· Pular fogueira (ou caldeirão);
· Guardar cinzas da fogueira para utilizar em encantamentos de fertilidade, para abençoar objetos e pessoas;
· Fazer Mastro de Beltane;
· Dançar em volta do Mastro de Beltane;
· Colher ervas da estação;
· Fazer um piquenique em família;
· Lavar a face no orvalho da manhã de Beltane (isso traz beleza para quem o faz);
· Fazer máscaras com folhas para representar o Green Man;
· Colocar uma tira de tecido em uma árvore fazendo um pedido as Fadas;
· Fazer uma oferenda ao povo das Fadas;
· Faze um pacote de Beltane;
· Confeccionar guirlandas com flores multicoloridas para as mulheres e folhas verdes para os homens;
· Fazer oferendas ao espírito da Primavera;
· Fazer bolos redondos de aveia e cevada (Bolos de Beltane)
. Correspondências Cores: verde
Nomes: Beltane, Cetsamhain, Rudemas, Dia da Cruz, Walpurgisnacht, Véspera de Maio, Giamonios Deuses: Deuses da Florestas, fertilidade, sexualidade. A Deusa no aspecto Fertilizadora, O Deus como Fecundador.
Ervas: cardo-santo, curry, narciso, coriandro, sangue-de-dragão, samambaia, urtiga, sementes de linho, espinheiro, manjerona, páprica, rabanete, cogumelo, amêndoa, rosas, folhas de sabugueiro, baunilha, ylang ylang.
Incensos: olíbano, lilás e rosa. Pedras: malaquita, quartzo rosa, esmeralda, berilo, turmalina, quartzo verde, amazonita, aventurina.
Comidas e bebidas sagradas: leite, bolos de cereais, saladas, tortas, bolos de frutas, frutas, cerejas, morangos, ponche de vinhos rosado e tinto e sucos.

Fontes: Explorando o Druidismo Celta – Sirona Knight Grimoire: Ayesha Grimoire: IDC Guia essencial da bruxa solitária – Scott Cunningham Italian Witchcraft – Raven Grimassi Rituais Celtas – Andy Bagggot Textos de Jan Duarte Wicca – A Feitiçaria Moderna – Gerina Dunwich Wicca – A Religião da Deusa – Claudiney Prieto
Texto adaptado

29 de abril de 2008

QUASE

Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase.

É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.

Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.

Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas ideias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados.

Sobra cobardia e falta coragem até para ser feliz.

A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.


Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.

O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que a fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance.

Para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.

Para os erros há perdão; para os fracassos, chance; para os amores impossíveis, tempo.

De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.

Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.

Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

(Autoria atribuída a Luís Fernando Veríssimo, mas que ele mesmo diz ser de Sarah Westphal Batista da Silva, em sua coluna do dia 31 de março de 2005 do jornal O Globo)


Recebi hoje esta mensagem no meu email. Foi enviada por uma pessoa que eu ainda não conheço mas que sei que me lê (Namaste!) e chegou-me através do meu Maninho. Não pude deixar de sorrir pois tinha sonhado que estava a falar com o querido Amaral (que eu também não conheço pessoalmente)e embora não me recorde das palavras trocadas ficou a sensação.
Não é facil manter-mo-nos á superficie quando a vida mais parece um mar em remoinho que nos puxa para o fundo. E é um pouco assim que me tenho sentido. Tenho recusado a dor - do cansaço, da revolta, de não ter a minha fada comigo, de não conseguir dar mais de mim, de sentir que não estou a corresponder e que há sempre tanto para fazer e eu não consigo fazer tudo - e assim tenho evitado a alegria - de estar viva, de ter forças para lutar, de ver a beleza que me rodeia, de me aperceber do quanto realizei em tão pouco tempo, de me maravilhar com a presença das pessoas que amo e dos seres que me acompanham, de ser Amor.
Tenho vivido no QUASE.
Aplicando todas as minhas energias para não perder o equilibrio precário entre ondas e mais ondas.
Leveza.
A leveza é a única forma de ultrapassar estes remoinhos da vida. A maioria dos afogamentos acontece porque a pessoa aplica a sua energia lutando contra o inevitável - a força do Mar é maior que a nossa - em vez de a poupar de forma a conceder a si mesma o tempo necessário para aproveitar a altura em que a força do Mar esmorece, e fazendo corpo leve, conseguir flutuar até á saída...e então voltar a respirar.
"Escuta o teu coração. Tudo o resto é auto-critica. Respeita as tuas limitações e saúda-te todos os dias, porque tu és indispensável á vida. O teu drama existencial é quereres conciliar aquilo que tu sentes que és com aquilo que tu pensas que tens de ser."

E eu sei que falhei.


PS:Muda de ideias quantas vezes quiseres. Lembra-te, contudo, que cada mudança de ideias vem acompanhada por uma mudança de direcção do Universo inteiro. Quando "constróis uma ideia" sobre qualquer coisa, pões o Universo em movimento. Há forças para além da tua capacidade de compreensão - muito mais complexas e subtis do que possas imaginar - que estão envolvidas num processo cuja dinâmica intricada estás apenas a começar a perceber. Essas forças e esse processo fazem todos parte da extraordinária teia de energias interactivas que abrangem a totalidade da existência a que chamas a própria vida. São, na sua essência, DEUS.