“Não podemos banhar-nos duas vezes no mesmo rio porque as águas nunca são as mesmas e nós nunca somos os mesmos”. O existir é um perpétuo mudar, um estar constantemente sendo e não-sendo, um devir perfeito; um constante fluir...

Se gosta seja amigo :) Namasté!

30 de setembro de 2007

Prelúdio

A encosta árida e escarpada aproximava-se a uma velocidade vertiginosa, na qual as cores se mesclavam com o negro do espaço, mais parecendo ser sugadas para aquele infinito em que a nave ainda se encontrava.Yuven sabia que o que via não era o que estava a acontecer ainda. Esta era a sua 30a viagem ao Planeta Azul, mas ainda se maravilhava com o trabalho da Mãe tal como ficava sempre abismado com os planos inergalacticos que aqui o traziam.Os seus companheiros de jornada controlavam toda a organica da nave, que era também um ser vivo como eles. Libertavam assim o seu comandante para preparar telepaticamente a aterragem, e todos os passos que dariam naquele berlinde suspenso na escuridão infinita de luz.Yuven tinha sempre todo o cuidado para que a sua passagem na Terra passasse despercebida aos mortais. Eles ainda não estavam preparados para ver mais além da sua dimensão, e o simples encontro fortuito podereia revelar-se catastrofico...Contava com a ajuda de alguns desses seres, com os quais comunicava amiúde, sem nunca revelar a sua verdadeira imagem, inconcebivel aos olhos humanos...esses eram seres Humanos em plena ascenção. Desenvolviam um trabalho crucial ao trabalharem com a luz, acordando outros como eles para a verdade.Haaa estes humanos, que seres fabulosos eles eram sem o saberem. Se imaginassem como o seu acordar fora importante para a alteração das directizes ha muito decididas em conselho interestrelar. Contra tudo o que então se adivinhava, eles estavam a conseguir elevar a luz da Terra, permitindo assim que os portais interdimensionais se abrissem e os veus entre os universos paralelos se desvanecessem. Mas ainda havia muito a fazer.
Vários eram os trabalhadores e guerreiros da Luz que ali caminhavam os trilhos sagrados. Yuven já não se encontrava na fronteira da Terra. Olhava agora para os dois seres que iria depositar naquele planeta...profundamente adormecidos, a transmutação já havia começado. Estavam a materializar-se da pura energia para abrigarem em si a carne, ossos, pele, terminais nervosos, que constituiam o corpo humano. Como todos os seres que se haviam voluntariado para ajudar os humanos a elevarem o planeta, as suas consciencias tinham sido temporariamente bloqueadas para que não se lembrassem de quem eram realmente, isso seria um trabalho que teriam de ser capazes de desenvolver desde o seu nascimento em corpo humano. Yuven tentava sempre acompanhar todos aqueles seres no seu desenvolvimento. Visitava-os de tempos a tempos, sondando a vastidão do universo em busca das suas vibrações cosmicas. Alguns perdiam-se pois não eram capazes de recordar, outros regressavam prematuramente desistindo da missão a que se haviam proposto.
Havia aqueles que se recordavem facilmente e desde muito cedo que desenvolviam o seu trabalho...mas outros que só após muitos choques acabavam então por conseguir ver para além da limitação do espaço e tempo terreno.
Os pequenos seres de luz agitaram-se nos seus casulos, como que pressentindo a energia erradiada da mente de Yuven. Sorriu. Um guerreiro e um construtor. Dois visionários. Dois seres da mesma origem, que há muito caminhavam juntos. Conheciam aquele planeta como conheciam a sua casa.
Voluntariosa, Eridanis era pura energia em bruto. Emoção. Uma guerreira que nunca se havia negado a nada. Ele, Siurd, era um construtor especializado, não havia materia que ele não trabalhasse com a mesma facilidade de quem solta uma vibração.
Vinham juntos sem o saberem. Eridanis tinha mais uma vez sentido o apelo da Terra que tão bem conhecia, e quando o Conselho deliberou que se tinham esgotado as possibilidades de ascenção daquele sector do Pai, fora das primeiras a avançar penhorando a sua essência para regressar ao planeta que amava. Foram muitos os que o fizeram. Siurd desmaterializara-se dela instantaneamente. Conhecia a sua força e assentira a mais uma vez deixá-la partir para uma existência que era sempre acompanhada de dor. Estaria á sua espera como sempre, e como sempre acompanharia a sua jornada sem intreferir. Mas desta vez...por alguma razão, ele fora também chamado, sem no entanto saber que o planeta no qual iria trabalhar era o mesmo para onde Eridanis viajaria.
O Plano era ambicioso. Milhares de seres participavam nele, sem nunca conseguirem vislumbrar mais que meros esgares, e contudo entregavam-se e construiam as redes energeticas que purificavam todo o Universo.
O momento aproximava-se. Yuven sondou o tempo humano e localizou a dimensão do ano terreno de 1970. Estes seres ainda teriam que esperar as condições óptimas para nascerem...entre 3 a 5 anos. Nasceriam sem serem esperados, caminhariam separados, em locais diferentes mas suficientemente perto para que os seus trilhos se cruzassem...se o reconhecimento aconteceria ou não, já dependia das suas aprendizagens.
Yuven sorriu emitindo uma ligeira onda vibratoria. Ia gostar de acompanhar aqueles dois seres telepaticamente, e ao observar a chama central que os animava, vibrante e em mil tons de azul, soube que fosse em que situação fosse, o reconhecimento aconteceria.

"Tu não és deste planeta..."
"Tu também não."
...

27 de setembro de 2007

Tarô Osho Zen - Paciência

Tarô Osho Zen
74. Paciência

Nós nos esquecemos de como esperar; este é um espaço quase abandonado. No entanto, ser capaz de esperar pelo momento certo é o nosso maior tesouro. A existência inteira espera pelo momento certo. Até as árvores sabem disso -- qual é o momento de florescer, e o de deixar que as folhas caiam, e de se erguerem nuas ao céu. Também nessa nudez elas são belas, esperando pela nova folhagem com grande confiança de que as folhas velhas tenham caído, e de que as novas logo estarão chegando. E as folhas novas começarão a crescer.Nós nos esquecemos de como é esperar: queremos tudo com pressa. Trata-se de uma grande perda para a humanidade...Em silêncio e à espera, alguma coisa dentro de você vai crescendo -- o seu autêntico ser. Um dia ele salta e se transforma numa labareda, e a sua personalidade inteira é estilhaçada: você é um novo homem. E esse novo homem sabe o que é uma cerimônia, esse novo homem conhece os sumos eternos da vida.
Osho Zen: The Diamond Thunderbolt Chapter 10Comentário:
Há momentos em que a única coisa a fazer é esperar. A semente já foi plantada, a criança está crescendo no útero, a ostra está cobrindo o grão de areia, transformando-o em uma pérola. Esta carta nos lembra de que este é um momento em que tudo o que se requer é manter-se simplesmente atento, paciente, à espera. A mulher retratada na carta está justamente nessa atitude. Satisfeita, sem sinais de ansiedade, ela está apenas à espera. Ao longo de todas as fases da lua que se sucedem no alto, ela permanece paciente, tão sintonizada com os ritmos da lua, que quase se confunde com ela. A mulher sabe que esta é uma época para permanecer na passividade, deixando que a natureza siga o seu caminho. Não está, porém, com expressão de sono, nem indiferente; sabe que é tempo de se preparar para alguma coisa importante. Trata-se de um período repleto de mistério, como as horas que antecedem o amanhecer. É um tempo em que a única coisa a fazer, é esperar.

25 de setembro de 2007

Waterfall Relaxation

Tarô Osho Zen - O Forasteiro


Tarô Osho Zen
72. O Forasteiro

O Forasteiro
Então, você está se sentindo um estranho. Isso é bom. É o período de transição. Mas é preciso estar atento para não se deixar tomar pela dor e infelicidade. Agora que Deus não está mais aí, quem irá consolá-lo? Você não precisa de consolo nenhum. A humanidade já é maior de idade! Seja um homem, seja uma mulher, e apoie-se nos seus próprios pés...A única maneira de conectar-se com a existência é aprofundando-se em si mesmo, porque, lá no seu centro, você ainda está conectado. Fisicamente, você foi desconectado de sua mãe. Essa desconexão foi absolutamente necessária, para transformá-lo num indivíduo autônomo. Do universo porém, você não está desconectado. A sua conexão com o universo é a consciência. Essa conexão não é visível, portanto é necessário mergulhar profundamente em si mesmo, com grande consciência, atenção e observação, e você encontrará a conexão. O buda é a conexão!

Osho God is Dead: Now Zen is the Only Living Truth Chapter 3Comentário:

O menininho desta carta está de pé de um dos lados de um portão, olhando através da grade. Ele é tão pequeno, e está tão convencido de que não pode passar, que não consegue ver que a corrente que amarra o portão não está trancada; tudo o que ele precisaria fazer seria soltá-la.Sempre que nos sentimos "deixados de fora", excluídos, isso gera essa sensação de ser uma criança pequena e desamparada. Não é de causar espanto, pois esse sentimento está profundamente enraizado nas nossas experiências da mais tenra infância. O problema é exatamente esse, porque estando tão profundamente enraizado, o sentimento ressurge repetidas vezes em nossa vida, como se fosse uma fita gravada. Neste momento, uma oportunidade lhe está sendo oferecida para você interromper essa gravação, para deixar de atormentar-se com a idéia de que, de alguma maneira você "não está à altura" para ser aceite e recebido. Reconheça que as raízes desse sentimento estão no passado, e deixe ir embora essa dor antiga. Isso irá trazer-lhe lucidez para enxergar como pode abrir o portão e iniciar-se naquilo que você tanto anseia ser.

24 de setembro de 2007

Tarô Osho Zen - Sucesso

Tarô Osho Zen
43. Sucesso

Observe as ondas no oceano. Quanto mais alto a onda sobe, mais fundo é o sulco que a segue. Em um momento, você é a onda, no outro, você é o sulco que se forma atrás. Aproveite ambos -- não fique apegado apenas a um deles. Não diga: "Eu gostaria de estar sempre no auge!" Isso não é possível. Encare simplesmente o fato: não é possível. Isso nunca aconteceu, e nunca irá acontecer. É simplesmente impossível -- não faz parte da natureza das coisas. Então, o que se pode fazer?Desfrute o pico enquanto ele durar, e depois desfrute o vale, quando ele vier. O que há de errado com o vale? O que há de mal em estar em baixa? É um relaxamento. O pico é uma excitação e ninguém pode viver o tempo todo em estado de excitação.
Osho Returning to the Source Chapter 4Comentário:
Este personagem, obviamente, está, neste momento, "a cavaleiro do mundo", e todos estão celebrando o seu sucesso com uma chuva de papel picado.Devido à sua disposição para aceitar os recentes desafios da vida, neste momento, você está -- ou logo estará -- desfrutando de uma maravilhosa cavalgada sobre o tigre do sucesso. Receba bem essa oportunidade, desfrute-a, compartilhe a sua alegria com os outros -- e lembre-se de que todas as brilhantes paradas têm um começo e um fim.Mantendo isso em mente, se você extrair cada gota de sumo da felicidade que está experienciando neste momento, será capaz, depois, de aceitar o futuro da forma como vier, sem arrependimentos. Não seja, porém, tentado a agarrar-se a este momento de abundância, ou a acondicioná-lo em plástico para que dure para sempre.A maior sabedoria para ter em mente à medida que vão desfilando os acontecimentos da sua vida, sejam momentos de alta ou de baixa, é que "isto também passará". Celebre sim, e continue a cavalgar o tigre.

Manual do Guerreiro de Luz I


Um Guerreiro da Luz sabe que certos momentos se repetem. Com
frequência se vê diante dos mesmos problemas e situações que
já tinha enfrentado; então fica deprimido pensando que é
incapaz de progredir na vida, já que os momentos difíceis
estão de volta.
"Já passei por isto", ele reclama ao seu coração. "Realmente
você já passou", responde o coração, "mas nunca ultrapassou".
O Guerreiro então compreende que as experiências repetidas tem
uma única finalidade: ensinar-lhe o que não quer aprender.
Daqui por diante e por uma centena de anos o Universo vai
ajudar o Guerreiro da Luz a boicotar os preconceitos.
A energia da terra precisa ser renovada As ideias novas
precisam de espaço.
O corpo e a alma precisam de novos desafios.
Futuro virou presente e todos os sonhos, excepto os que
envolvem
preconceitos, terão chance de se manifestar. O que for
importante ficará O que for inútil desaparecerá.
O Guerreiro porém não está encarregado de julgar o sonho do
próximo, e não perde tempo criticando decisões alheias. Para
ter seu próprio caminho não precisa provar que o caminho do
outro está errado.
Um Guerreiro da Luz sempre tem uma segunda chance na vida.
Como todos os outros homens e mulheres ele não nasce sabendo
manejar sua espada; errou muitas vezes antes de descobrir sua
lenda pessoal.
Nenhum Guerreiro pode sentar-se em torno da fogueira e dizer
aos outros: "sempre agi certo". Quem afirma isto, está
mentindo, e ainda não aprendeu a conhecer a si mesmo.
O verdadeiro Guerreiro da Luz já cometeu injustiças no
passado. Mas no decorrer da jornada, percebe que as pessoas
com quem agiu errado sempre tornam a cruzar com ele.
É a sua chance de corrigir o mau que causou. Ele sempre a
utiliza sem hesitar.

Manual do Guerreiro da Luz
Paulo Coelho

21 de setembro de 2007

Tarô Osho Zen - Consciência

Nós viemos do desconhecido, e avançamos para o desconhecido. Nós ainda voltaremos. Já estivemos por aqui milhares de vezes, e voltaremos milhares de vezes. O nosso ser essencial é imortal, mas nosso corpo, a nossa corporificação, é mortal. As molduras em que nos colocamos, nossas casas, o corpo, a mente, são feitas de coisas materiais. Essas coisas perderão a força, ficarão velhas, elas morrerão. A sua consciência, porém, para a qual Bodhidharma usa a palavra "não-mente" -- o Buda Gautama também usou essa palavra, "não-mente" -- é algo que está além do corpo e da mente, algo que está além de tudo; essa "não-mente" é eterna. Ela adquire uma expressão física, e torna a mergulhar depois no desconhecido. Esse movimento, do desconhecido para o conhecido e do conhecido para o desconhecido, continua por toda a eternidade, a menos que a pessoa se torne iluminada. Quando isso acontecer, essa será a sua última vida: essa flor não voltará mais. A flor que se torna consciente de si mesma não precisa mais voltar à vida, porque a vida nada mais é do que uma escola aonde se vem para aprender. É alguém que aprendeu a lição e encontra-se agora acima das ilusões. Pela primeira vez, você não irá mais se deslocar do conhecido para o desconhecido, mas para o incognoscível.

Osho Bodhidharma, the Greatest Zen Master Chapter 5

Comentário:
A maioria das cartas deste naipe da mente ou é cômica ou é conturbada, porque a influência da mente na nossa vida é geralmente ridícula ou opressiva. Esta carta da Consciência, porém, apresenta uma imagem enorme do Buda. Ele é tão expansivo, que vai até além das estrelas, e o que existe acima da sua cabeça é o vazio puro.
Esse Buda representa a consciência que está ao alcance de todos os que se tornam mestres da sua própria mente, e que são capazes de utilizá-la como o instrumento que ela foi feita para ser.
Quando você escolhe esta carta, isso significa que agora já há uma luz cristalina disponível, independente, enraizada na tranqüilidade profunda que existe no âmago do seu ser. Já não há a vontade de entender as coisas sob a perspectiva da mente -- a compreensão que você tem agora é existencial, inteira, em consonância com o próprio pulsar da vida. Aceite essa dádiva enorme, e compartilhe.

18 de setembro de 2007

Hoje, Aqui, Agora

The fog has lifted and you are ready to take off, SIALA. The dreaminess of the past couple of days has been nice, but now it is time to get moving again. Use all that you have learned from recent internal processing and put it to use in the practical world. Try not to get caught up in crossfires of conversations that don't really pertain to you. Feel free to start something new.

Hoje tem sido realmente um dia engraçado...
Estou mais uma vez completamente arrebatada por tudo o que me foi revelado, e por tudo o que me tem sido concedido desde a meia-noite.
Só falta uma coisa para ser perfeito...
Mas esse desejo não o peço nem o verbalizo.
Não preciso.
A seu tempo :)
Entretanto...
Soltem os sorrisos e iluminem o olhar! Acordem!!!!!!!! É tempo de viver...de trabalhar...e de celebrar!

11 de setembro de 2007

Casa

Oração da Paz

Esta oração tem-me acompanhado desde sempre.
Desde os tempos em que não a conseguia compreender plenamente, até ao momento presente.
Um amigo que não me conhece enviou-ma, e desenhou um sorriso no meu coração.
Para que mais sorrisos se espalhem...aqui fica a Oração pela Paz de S. Francisco de Assis.

Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz;
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé;
Onde houver erros, que eu leve a verdade;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei com que eu procure mais consolar,
que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado;
Pois é dando que se recebe;
É perdoando, que se é perdoado;
E é morrendo que se vive para a vida eterna.

Gabriela


Para ti Amiga,
Uma flor em tons violeta.
Que o teu dia seja vitorioso
Que a tua voz soe clara
Que o teu coração se mantenha forte
Que os teus olhos vejam mais além
e que sejas docemente bafejada pela "sorte"
que tão arduamente conquistas
a cada passo que dás
e a cada sorriso que sorris.

Voz Interior


Tarô Osho Zen : Arcanos Maiores
2. Voz Interior

Se você encontrou a sua verdade dentro você, não há mais nada para descobrir em toda esta existência. A verdade está atuando através de você. Quando você abre os olhos, é a verdade abrindo os olhos. Quando fecha os seus olhos, é a verdade que está fechando os olhos.

Esta é uma meditação extraordinária. Se você puder simplesmente entender o mecanismo, não precisará fazer nada - o que quer que estiver fazendo, estará sendo feito pela verdade. Se você estiver andando, será a verdade andando; se estiver dormindo, será a verdade dormindo; se estiver falando, será a verdade falando; se estiver em silêncio, será a verdade que estará em silêncio.

Esta é uma das técnicas de meditação mais simples. Pouco a pouco, tudo se acomoda segundo esta fórmula simples e, então, não há mais necessidade da técnica.

Quando você está curado, joga fora a meditação, joga fora o remédio. Então, você vive como verdade -- cheio de vida, radiante, satisfeito, abençoado, uma canção em si mesmo. Toda a sua vida se transforma em uma prece sem palavras ou, melhor dizendo, em um estado de oração, em um estado de graça, de beleza que não pertence a este mundo, em um raio de luz vindo do além, iluminando a escuridão do nosso mundo.

Osho The Great Zen Master Ta Hui Chapter 23

Comentário:
A voz Interior não fala por palavras, mas na linguagem inarticulada do coração. É como um oráculo que só fala a verdade. Se tivesse um rosto, seria como o que aparece no centro desta carta -- desperto, vigilante, e capaz de aceitar tanto a escuridão quanto à luz, simbolizadas pelas duas mãos que seguram o cristal. O cristal, em si, representa a luminosidade que advém de se haver superado todas as dualidades.
A voz interior também pode ser brincalhona, à medida que mergulha profundamente nas emoções e ressurge para lançar-se em direção ao céu, como dois golfinhos dançando nas águas da vida. Ela está ligada ao cosmos por intermédio da coroa em forma de lua crescente, e a Terra, do modo como está representada pelas folhas verdes no quimono desta figura.

Há momentos em nossas vidas, em que muitas vozes parecem nos estar chamando de várias direções. A própria confusão que sentimos nessas ocasiões, é um lembrete para que procuremos silêncio e centramento dentro de nós mesmos. Só assim seremos capazes de escutar a nossa verdade.


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Tarô Osho Zen - Participação


Tarô Osho Zen
41. Participação

Alguma vez você já percebeu a noite passar? Pouquíssimas pessoas tomam consciência das coisas que estão acontecendo todos os dias. Você já prestou atenção ao chegar da noite? À meia-noite e à sua canção? Ao nascer do sol e à sua beleza?

Temos nos comportado quase como um bando de cegos. Num mundo tão bonito, vivemos em pequenos compartimentos da nossa própria miséria. Ela é familiar; assim, mesmo que alguém queira arrancá-lo dali, você resistirá. Você não quer ser afastado da sua miséria, do seu sofrimento. Em contrapartida, há tanta alegria por toda à volta... você tem apenas de perceber isso e tornar-se um participante, não um espectador.

Filosofia é especulação; Zen é participação. Participar da despedida da madrugada, participar da chegada da noite, participar das estrelas e das nuvens; faça da participação o seu estilo de vida, e toda a existência se transformará numa enorme alegria, num grande êxtase! Você não poderia ter imaginado um universo melhor.

Osho Zen: The Miracle Chapter 2

Comentário:
Cada uma das figuras desta mandala está com a palma da mão esquerda voltada para cima, em atitude de quem recebe, e a mão direita voltada para baixo, em atitude de quem dá. O círculo que elas compõem cria um tremendo campo de energia que assume a forma do "dorje" duplo, o símbolo tibetano para o relâmpago.
A mandala tem uma natureza semelhante à do campo de energia que se forma em torno de um buda, para o qual todas as pessoas que tomam parte no círculo trazem contribuições únicas para a criação de um todo unificado e vital. É como uma flor que, no seu conjunto, é ainda mais bonita do que a soma de suas partes, e ao mesmo tempo aumenta a beleza de cada uma das suas pétala.
Agora, uma oportunidade está sendo dada a você, para participar junto com outras pessoas, dando a sua contribuição para criar algo maior e mais belo do que o que cada um de vocês seria capaz de fazer isoladamente. Sua participação não apenas irá nutri-lo, mas, também, trará uma contribuição preciosa para o conjunto.

Corvos



O meu fascinio por estas aves remonta há já muitos anos...e a verdade é que não tem qualquer explicação racional ou fundamento lógico. Gosto deles desde que me lembro, simplesmente.
Nos últimos meses, os Corvos surgiram na minha vida com uma força esmagadora, aparecendo sempre em alturas de crise e indicando-me o caminho a seguir.
Aqui fica a minha pequena homenagem a estes mensageiros.

O corvo é uma ave da família Corvidae. Os corvos são os representantes de maiores dimensões da Ordem passeriformes. Têm ampla distribuição geográfica nas zonas temperadas de todos os continentes. Vivem em bandos com estrutura hierárquica bem definida e formam, geralmente, casais monogâmicos. A sua alimentação é omnívora e inclui pequenos invertebrados, sementes e frutos; podem ser também necrófagos. São aves que apresentam comportamento complexo e que exibem sinais de inteligência, planeamento e comunicação entre indivíduos. O corvo da Nova Caledónia (Corvus moneduloides), é conhecido pela sua capacidade de fabricar e utilizar pequenos instrumentos que o auxiliam na alimentação. Em testes especificos de inteligência animal atigem as mais elevadas pontuações.
Por sua cor negra, o corvo é associado à idéia de PRINCÍPIO (noite materna, trevas primigênias, terra fecundante); por seu caráter aéreo, associado ao CEU, ao PODER CRIADOR; às FORÇAS ESPIRITUAIS; por seu vôo, MENSAGEIRO. Por tudo isso, ele aparece na mitologia dos povos primitivos como um ser investido de extraordinária significação cósmica, ele é o grande civilizador e criador do mundo visível.
É notável as inúmeras associações do Corvo com a água. Talvez as mais comuns tratam de sua ligação com as tempestades: é sabido que os corvos recolhem-se sempre que há iminência de chuvas fortes.
Por causa de seu vôo alto, o corvo foi, muitas vezes, visto como um mensageiro dos deuses. Inúmeras lendas, de diferentes partes do mundo, falam-nos de como um corvo orientou os humanos em suas jornadas. Teriam sido eles que guiaram Alexandre, o Grande, até o templo de Júpiter Amon, no oásis de Siwa, no Egito... e que, lá, predisseram a sua morte. O imperador japonês Jimmu, teria marchado para a guerra, no século VII, guiado por um corvo dourado. Um corvo era o mensageiro do Rei Marres, do Egito. Odin informava-se a respeito do que acontecia no mundo por intermédio de dois corvos: Huginn e Muninn: todos os dias eles sobrevoavam a terra e, depois, empoleiravam-se nos ombros do deus para lhe contarem o que tinham visto. Huginn e Muninn representam, portanto, a memória e o pensamento.
Uma derivação oriental interessante é aquela em que um corvo de três pernas aparece dentro de um disco solar. As três pernas correspondem ao trípode – símbolo solar: aurora/sol nascente, zênite/sol do meio-dia e ocaso/sol poente. É assim que aparece como emblema imperial chinês, significando a vida e atividade do imperador e, por extensão, o YANG.
Na poesia anglo-saxônica, o corvo é frequentemente associado às batalhas. E há tanta semelhança entre as tradições celtas e germânicas que, sem dúvida, suas origens remontam a uma época em que as duas correntes étnicas ainda não haviam sofrido ramificações.
Apesar de toda a conotação negativa que lhes foi atribuida pelos cristãos, ele nunca perdeu seus atributos místicos. Como o poder que lhe é atribuído para predizer o futuro.
Só com o desenvolvimento da alquimia, é que ele recupera alguns dos aspectos de sua simbologia primitiva: aqui o corvo é o estado inicial, como qualidade inerente à "primeira matéria" ou provocada pela divisão dos elementos. Dentro da simbologia alquímica, o corvo manteve uma certa representação alegórica da SOLIDÃO – o isolamento daquele que vive num plano superior aos demais.
O Corvo é associado á curiosidade, inteligência, observação, visão e comunicação; sendo um mestre em mudanças e movimento.
Ele é destemido e o guardião de coisas ocultas e sagradas.
Ele é o interprete do desconhecido. Ele está sempre vigilante, observando tudo à sua volta. Quando ele entra em nossas vida, é hora de prestar atenção nos sinais, símbolos, profecias e sonhos.

7 de setembro de 2007

Tarô Osho Zen - Nova Visão



Quando você se abre para o supremo, imediatamente ele se derrama dentro de você. Você já não é mais um ser humano comum -- você transcendeu. Seu insight transformou-se no insight da existência como um todo. Agora, você não é mais um ser à parte -- você encontrou as suas raízes.

Não sendo assim -- o que é o mais comum --, as pessoas vão vivendo sem raízes, sem saber de onde o seu coração continua recebendo energia, sem saber quem continua respirando em seu interior, sem conhecer a seiva da vida que está circulando dentro delas.
Não se trata do corpo, e não se trata da mente -- é alguma coisa transcendental a todas as dualidades, que se denomina bhagavat -- o bhagavat nas dez direções...

O seu ser interior, quando se abre, vivencia inicialmente duas direções: a altura e a profundidade. Depois, devagarinho, à medida que vai se acostumando com essa situação, você começa a olhar em volta, estendendo-se em todas as outras oito direções.
Quando você alcançar o ponto em que a sua altura e a sua profundidade se encontram, então, você poderá olhar em volta, para a própria circunferência do universo. A partir desse momento, a sua consciência começará a desdobrar-se em todas as dez direções, mas o caminho terá sido só um.

Osho Zen: The Diamond Thunderbolt Chapter 9

Comentário:
A figura desta carta está nascendo de novo, emergindo de suas raízes presas a terra e criando asas para voar em direção ao ilimitado. As formas geométricas em volta do seu corpo mostram as muitas dimensões da vida que estão simultaneamente ao seu alcance. O quadrado representa a parte física, o que está manifesto, o conhecido. O círculo representa o não-manifesto, o espírito, o espaço puro. E o triângulo simboliza a natureza trina do universo: o manifesto, o não-manifesto, e o ser humano que contém a ambos.
Você está tendo agora uma oportunidade para enxergar a vida em todas as suas dimensões, das suas profundezas às alturas. Elas existem lado a lado, e, quando descobrimos pela experiência que o escuro e o difícil são tão necessários quanto o claro e o fácil, passamos a ter uma perspectiva muito diferente do mundo. Ao deixarmos que todas as cores da vida penetrem em nós, tornamo-nos mais integrados.