“Não podemos banhar-nos duas vezes no mesmo rio porque as águas nunca são as mesmas e nós nunca somos os mesmos”. O existir é um perpétuo mudar, um estar constantemente sendo e não-sendo, um devir perfeito; um constante fluir...

Se gosta seja amigo :) Namasté!

14 de maio de 2009

A Argentina, mais uma lição


A Argentina foi uma cadela que me chegou via email. Não me chocou. Conheço bem a realidade de muitos animais neste país e pelo mundo fora. Sempre fui extremamente sensivel a essa realidade, e ao sofrimento animal causado pelo Homem. Desde que me conheço que sou assim. Nunca o compreendi. Nunca o vou conseguir compreender.
Podem conhece-la melhor AQUI
A foto que escolhi da Argentina quando foi encontrada é a mais soft de todas. Mas vale a pena ler até ao fim.

Aprendi muito com os animais que partilharam algum tempo comigo, os recem-nascidos, os doentes, os estropiados e os saudaveis. Aprendi que o desapego não é uma palavra, é uma acção. Que o Amor não é posse, é incondicional. Que cada ser vivo tem o seu papel, e o meu nessa altura, foi o de participar na suas vidas até eles estarem fortes para seguirem os seus caminhos para aqueles que os iriam amar e acarinhar para sempre.
Hoje percebi. Ontem pedi, e hoje recebi. Obrigada! Não foi o meu amor pelos animais que me levou a uma determinada situação da minha vida. Não foi este aperto no coração que continuo a sentir sempre que sei que um animal está a sofrer por causa dos homems e da sua crueldade, não foi esta dor que partilho com eles, esta compaixão que sempre ardeu dentro de mim, uma revolta que aprendi a transmutar mas que de vez em quando faz das suas.
Não. O desequilibrio não veio daqui. O desequilibrio veio do meu Ego. Quando eu deixei de ter desapego, quando eu pensei que era insubstituivel na vida deles e os tomei como meus. Deixei de fazer a minha parte. Deixei de ser humilde. Deixei de amar incondicionalmente.
Agora sei porque fui "obrigada" a deixá-los ir...de uma só vez.
E percebi finalmente porque é que a ZEN, no fim desse período tão doloroso, apareceu na minha vida e está hoje comigo...em breve também o escreverei aqui, neste meu diário.

Para quem acha que não vale a pena...que é só mais um animal...que não se consegue mudar nada...aqui fica a lição. Se cada um fizer a sua parte, está sempre ao nosso alcance fazer algo para contribuir para a mudança do mundo sim, nem que seja só para uma pessoa, um animal, um ser vivo. Se algo mudar, se um que seja se salvar, então já valeu a pena!

11 de maio de 2009

Diabetes


É diabético ou está integrado num grupo de risco?
Acha que não porque é magro, jovem, não tem familiares com diabetes ou faz desporto?
Então se calhar convem ler esta informação...e fazer análises ao sangue numa base anual.

A Incidência da diabetes tipo 2 tem crescido de forma preocupante principalmente nos países mais desenvolvidos ou em desenvolvimento da América e da Europa Ocidental incluindo Portugal.
Alguma coisa mudou nestes últimos 10 ou 15 anos, e de facto, a alteração dos hábitos alimentares, para uma alimentação demasiado calórica, rica em açúcares e gordura, associada a um estilo de vida cada vez mais sedentário, têm sido referidos como a principal causa do aumento da incidência de várias alterações metabólicas que são hoje um problema de saúde pública: a obesidade, a hipertensão arterial e a diabetes tipo 2.

Segundo os resultados de inúmeros estudos científicos, as alterações do estilo de vida, com a adopção de hábitos alimentares mais saudáveis e equilibrados e o aumento da actividade física diária, são as medidas mais eficazes para a prevenção desta doença epidémica, cuja incidência se prevê que duplique até ao ano 2025 em todo o mundo.

É evidente que a principal causa de diabetes em adultos deve-se a uma alimentação errada, que se pode considerar oposta á que nos é desde sempre ensinada através da piramide alimentar. Note-se que em dietas vegetarianas, os produtos de origem animal não são considerados...sem que qualquer meleficio ocorra para a nossa saúde desde que se faça uma dieta equilibrada.

Lembra-se da vibração dos alimentos? ;)

Conheça os sintomas, os tipos e as complicações desta doença.
Devidamente tratada, a diabetes não impede o doente de ter uma vida perfeitamente normal e autónoma. Diagnosticada na fase pré diabetes (faixa de risco) a doença pode ser combatida e evitada, recorrendo-se apenas a uma dieta saudável e exercicio fisico.

O que é a diabetes?

A diabetes é uma doença crónica que se caracteriza pelo aumento dos níveis de açúcar (glicose) no sangue e pela incapacidade do organismo em transformar toda a glicose proveniente dos alimentos. À quantidade de glicose no sangue chama-se glicemia e quando esta aumenta diz-se que o doente está com hiperglicemia.

Quem está em risco de ser diabético?

A diabetes é uma doença em crescimento, que atinge cada vez mais pessoas em todo o mundo e em idades mais jovens. No entanto, há grupos de risco com fortes probabilidades de se tornarem diabéticos:

Pessoas com familiares directos com diabetes;
Homens e mulheres obesos;
Homens e mulheres com tensão arterial alta ou níveis elevados de colesterol no sangue;
Mulheres que contraíram a diabetes gestacional na gravidez;
Crianças com peso igual ou superior a quatro quilogramas à nascença;
Doentes com problemas no pâncreas ou com doenças endócrinas.

Quais são os sintomas típicos da diabetes?

Nos adultos - A diabetes é, geralmente, do tipo 2 e manifesta-se através dos seguintes sintomas:
Urinar em grande quantidade e muitas mais vezes, especialmente durante a noite (poliúria);
Sede constante e intensa (polidipsia);
Fome constante e difícil de saciar (polifagia);
Fadiga;
Comichão (prurido) no corpo, designadamente nos órgãos genitais;
Visão turva.

Nas crianças e jovens - A diabetes é quase sempre do tipo 1 e aparece de maneira súbita, sendo os sintomas muito nítidos. Entre eles encontram-se:

Urinar muito, podendo voltar a urinar na cama;
Ter muita sede;
Emagrecer rapidamente;
Grande fadiga, associada a dores musculares intensas;
Comer muito sem nada aproveitar;
Dores de cabeça, náuseas e vómitos.
É importante ter presente que os sintomas da diabetes nas crianças e nos jovens são muito nítidos. Nos adultos, a diabetes não se manifesta tão claramente, sobretudo no início, motivo pelo qual pode passar despercebida durante alguns anos.

Os sintomas surgem com maior intensidade quando a glicemia está muito elevada. E, nestes casos, podem já existir complicações (na visão, por exemplo) quando se detecta a doença.
Como se diagnostica a diabetes?

Se sentir alguns ou vários dos sintomas deve consultar o médico do centro de saúde da sua área de residência, o qual lhe pedirá para realizar análises ao sangue e à urina.

Pode ser diabético...

Se tiver uma glicemia ocasional de 200 miligramas por decilitro ou superior com sintomas;
Se tiver uma glicemia em jejum (oito horas) de 126 miligramas por decilitro ou superior em duas ocasiões separadas de curto espaço de tempo.
Que tipos de diabetes existem?

Diabetes Tipo 2 (Diabetes Não Insulino-Dependente) - É a mais frequente (90 por cento dos casos).
O pâncreas produz insulina, mas as células do organismo oferecem resistência à acção da insulina. O pâncreas vê-se, assim, obrigado a trabalhar cada vez mais, até que a insulina produzida se torna insuficiente e o organismo tem cada vez mais dificuldade em absorver o açúcar proveniente dos alimentos.
Este tipo de diabetes aparece normalmente na idade adulta e o seu tratamento, na maioria dos casos, consiste na adopção duma dieta alimentar, por forma a normalizar os níveis de açúcar no sangue. Recomenda-se também a actividade física regular.
Caso não consiga controlar a diabetes através de dieta e actividade física regular, o doente deve recorrer a medicação específica e, em certos casos, ao uso da insulina. Neste caso deve consultar sempre o seu médico.

Diabetes Tipo 1 (Diabetes Insulino-Dependente) - É mais rara.
O pâncreas produz insulina em quantidade insuficiente ou em qualidade deficiente ou ambas as situações. Como resultado, as células do organismo não conseguem absorver, do sangue, o açúcar necessário, ainda que o seu nível se mantenha elevado e seja expelido para a urina.
Contrariamente à diabetes tipo 2, a diabetes tipo 1 aparece com maior frequência nas crianças e nos jovens, podendo também aparecer em adultos e até em idosos.
Não está directamente relacionada, como no caso da diabetes tipo 2, com hábitos de vida ou de alimentação errados, mas sim com a manifesta falta de insulina. Os doentes necessitam de uma terapêutica com insulina para toda a vida, porque o pâncreas deixa de a produzir, devendo ser acompanhados em permanência pelo médico e outros profissionais de saúde.

Diabetes Gestacional - Surge durante a gravidez e desaparece, habitualmente, quando concluído o período de gestação. No entanto, é fundamental que as grávidas diabéticas tomem medidas de precaução para evitar que a diabetes do tipo 2 se instale mais tarde no seu organismo.
A diabetes gestacional requer muita atenção, sendo fundamental que, depois de detectada a hiperglicemia, seja corrigida com a adopção duma dieta apropriada. Quando esta não é suficiente, há que recorrer, com a ajuda do médico, ao uso da insulina, para que a gravidez decorra sem problemas para a mãe e para o bebé.
Uma em cada 20 grávidas pode sofrer desta forma de diabetes.

Outras complicações associadas à diabetes

Retinopatia - lesão da retina;
Nefropatia - lesão renal;
Neuropatia - lesão nos nervos do organismo;
Macroangiopatia - doença coronária, cerebral e dos membros inferiores;
Hipertensão arterial;
Hipoglicemia - baixa do açúcar no sangue;
Hiperglicemia - nível elevado de açúcar no sangue;
Lípidos no sangue - gorduras no sangue;
Pé diabético - arteriopatia, neuropatia;
Doenças cardiovasculares - angina de peito, ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais;
Obstrução arterial periférica - perturbação da circulação, por exemplo nas pernas e nos pés;
Disfunção e impotência sexual - a primeira manifesta-se de diferentes formas em ambos os sexos;
Infecções diversas e persistentes - boca e gengivas, infecções urinárias, infecções das cicatrizes depois das cirurgias.

Como se trata a diabetes?

Diabetes tipo 1 – Os doentes podem ter uma vida saudável, plena e sem grandes limitações, bastando que façam o tratamento prescrito pelo médico correctamente.
O objectivo do tratamento é manter o açúcar (glicose) no sangue o mais próximo possível dos valores considerados normais (bom controlo da diabetes) para que se sintam bem e sem nenhum sintoma da doença. Serve ainda para prevenir o desenvolvimento das manifestações tardias da doença e ainda para diminuir o risco das descompensações agudas, nomeadamente da hiperglicemia e da cetoacidose (acidez do sangue).
Este tratamento, que deve ser acompanhado obrigatoriamente pelo médico de família, engloba três vertentes fundamentais: adopção de uma dieta alimentar adequada, prática regular de exercício físico e o uso da insulina.

Diabetes tipo 2 - O tratamento é semelhante mas, devido à menor perigosidade da doença, a maioria das vezes basta que a alimentação seja adequada e que o exercício físico passe a fazer parte da rotina diária para que, com a ajuda de outros medicamentos específicos (que não a insulina), a diabetes consiga ser perfeitamente controlada pelo doente e pelo médico.
Os medicamentos usados no tratamento deste tipo de diabetes são geralmente fármacos (comprimidos) que actuam no pâncreas, estimulando a produção de insulina.
Seguindo uma alimentação correcta e adequada, praticando exercício físico diário e respeitando a toma dos comprimidos indicada pelo médico, um doente com diabetes tipo 2 garante a diminuição do risco de tromboses e ataques cardíacos; a prevenção de doenças nos olhos e nos rins e da má circulação nas pernas e nos pés, factor que diminui significativamente o risco de amputações futuras.

O que é a insulina?

A insulina é uma hormonal hipoglicemiante segregada pelas células beta dos ilhéus de Langerhans do pâncreas, que é usada no tratamento dos doentes diabéticos. Pode ser obtida a partir do pâncreas do porco ou feita quimicamente e de forma idêntica à insulina humana através do uso de tecnologia do DNA recombinante ou da modificação química da insulina do porco.

Que problemas podem surgir no decurso do tratamento de um doente diabético?

Hipoglicemia: baixo valor de açúcar no sangue;
Hiperglicemia: elevado valor de açúcar no sangue, que significa que a diabetes não está bem controlada;
Cetoacidose: situação provocada pelo excesso de corpos cetónicos no organismo. Os corpos cetónicos são substâncias que acidificam o sangue e que podem conduzir ao coma cetoacidótico, pondo a vida do doente em risco.

Como prevenir a diabetes?

Controlo rigoroso da glicemia, da tensão arterial e dos lípidos;
Vigilância dos órgãos mais sensíveis, como a retina, rim, coração, nervos periféricos, entre outros;
Bons hábitos alimentares;
Prática de exercício físico;
Não fumar;
Cuidar da higiene e vigilância dos pés.
Em suma, olhe por si próprio, ajude os profissionais a cuidar bem da sua saúde, seguindo conselhos tão simples como os aqui referidos.

Para saber mais, consulte:
Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal
Direcção-Geral da Saúde
Publicações Direcção-Geral da Saúde: "Como viver com Diabetes - Guia para as pessoas idosas" e "Guia do Diabético"

6 de maio de 2009

Alimentação e vibração


2009 trouxe mudanças na minha vida. Uma adequação do fisico ao espirito, por assim dizer. O equilibrio é fundamental e neste plano terrestre, corpo e espirito são colegas de equipa e trabalham ambos para o mesmo fim, em nosso beneficio se o permitirmos.
Sempre me interessei pelo tema da alimentação, mas sempre senti que havia algo que me estava a escapar na relação corpo/espirito e a alimentação que fazemos...
Somos aquilo que pensamos, o que fazemos, mas também aquilo que comemos :)
Recentemente durante um workshop foram referidas algumas informações que me levaram a tentar aprofundar um pouco mais o tema. Fez todo o sentido. Até porque só veio confirmar que intuitivamente eu me posicionei no caminho que para mim é o mais adequado :)
Aqui fica um texto que encontrei e que reflecte algumas coisas que penso ser importante sabermos e termos consciência. Sem radicalismos e sem extremismos.


A Energia Sutil da Alimentação
Escrito por Cláudio Azevedo

O alimento e a bebida servem para a construção e a manutenção do corpo físico, e dessa forma nosso corpo físico incorpora, em grande parte, as características físicas do alimento. Já vimos que a filosofia Shânkia hindu ensina que o Universo material é constituído não por subpartículas, mas por três filamentos ou cordões (gunas). Enquanto as três gunas (tamas, rajas e sattva) existem em equilíbrio, a matéria existe em seu estado de latência, primordial e não manifestada. Mas quando há um desequilíbrio de um deles, a matéria se manifesta. Então todas as coisas manifestadas possuem a qualidade de uma dessas gunas.

Sabe-se hoje que toda a matéria é uma forma condensada de energia vibratória. Com os alimentos não poderia ser diferente. Eles vibram e essas vibrações interferem no funcionamento do corpo como um todo, físico, emocional, mental e espiritual. Da qualidade de vibração eletromagnética natural da comida, e não da sua quantidade de calorias, sais minerais, vitaminas, gorduras, proteínas e carboidratos, é que depende a verdadeira nutrição que recebemos quando a ingerimos. Assim, para a filosofia Shânkia, os alimentos existem em três grandes categorias: alimentos Tamásicos, Rajásicos e Sáttvicos.

Alimentos Tamásicos são aqueles que estimulam a inércia e a apatia, estando relacionados com a confusão, a ignorância e o erro. São exemplos de alimentos Tamásicos a carne, os ovos, a cebola, cebolinha e alho, os cogumelos e os fungos, as drogas (lícitas ou ilícitas) e a comida fermentada ou estragada. Os Rajásicos produzem atividade e estão relacionados com as paixões, os desejos, as dores e inquietudes da vida. São exemplos de alimentos Rajásicos as bebidas com cafeína (café, chá e chocolate), e as ervas e temperos em excesso.

Já os Sáttvicos produzem harmonia e ritmo, pois estão relacionados com a bondade, a pureza, a lucidez, a verdade, a realidade e o equilíbrio. Essa última categoria alimentar é a de escolha, quando se quer buscar o autoconhecimento e a purificação do ser. Frutas, nozes, legumes, leguminosas, verduras, cereais integrais, leite e derivados, e a água, são alimentos que induzem ao equilíbrio.

Em geral, os alimentos integrais, basicamente grãos e cereais que não passaram por nenhum processo de refino (como a retirada de cascas e películas protetoras), conservam a energia vital por mais tempo que a farinha deles, principalmente se tiverem sido cultivados de forma orgânica. À medida que envelhecem perdem a sua vibração original da mesma forma que alimentos excessivamente cozidos. Do mesmo modo, as vitaminas e os sais minerais sintéticos não suprem o organismo de energia vital.

Mas a pureza de vida não é conseguida isoladamente com uma mudança alimentar. Outras condições são necessárias. A purificação do ser não envolve apenas a purificação das emoções e dos pensamentos, antes sim, a purificação desses depende da purificação do corpo físico. Tem-se que inserir em nosso corpo físico, combinações de matéria mais refinada que facultem ao nosso corpo responder, mais facilmente, às vibrações mais elevadas, e não responder às inferiores. Assim, ingerindo alimentos mais refinados, estamos transformando nossas células nervosas em receptores, por ressonância, de energias mais refinadas. É através do sistema nervoso do corpo físico que nossos corpos sutis operam.

Mas essa purificação do corpo físico, não é suficiente para habilitar nosso ser a responder aos nossos corpos sutis. Para habilitar-nos a essa tarefa, a sensibilização de nosso sistema nervoso é imprescindível. Tornar nosso corpo sensível e responsivo às ordens do “Eu superior” depende de um trabalho diário de sensibilização dele. Para se tirar uma boa música de um violão é necessário um bom material e de uma tensão ideal nas cordas, ou seja, devemos afinar nosso sistema nervoso com as esferas sutis da existência. Isso se faz pela meditação/contemplação, descrita mais adiante, que desperta a Kundalini e vivifica nossos Chakras etéricos, aliada a um fervoroso poder da vontade, que direciona todas as energias de nosso eu inferior em direção ao “Eu superior”.

Para os hindus, os alimentos sólidos e líquidos seriam necessários, ao corpo físico, para a formação, reparação e manutenção dos tecidos, produção de calor e algumas outras finalidades, mas não para manter a vida. Três outros tipos de alimentos também são necessários para a nossa nutrição: ar, luz e vibrações (som). Ou seja, nos nutrimos de terra (alimentos sólidos), água (alimentos líquidos), ar (respiração), fogo (luz solar) e éter (vibrações cósmicas), os cinco elementos da matéria. Segundo a filosofia taoísta, o corpo físico humano necessita de energia para gerar calor em três aquecedores internos, situados na parte baixa do abdome, no plexo solar e na região anterior do tórax.

A energia do aquecedor inferior é fixa e já somos gerados com ela. É a energia (Ch’i) primordial, a Essência ou Kundalini. Utilizada no corpo físico desde a fase de embrião até a velhice, nos processos de desenvolvimento do corpo, sexualidade e de reprodução (orgasmo), quando essa energia chega ao fim o corpo físico “morre”. Quanto mais for economizada, maior será a longevidade do corpo físico e a energia circulante nos Chakras etéricos.

A energia do aquecedor intermediário vem através da alimentação e digestão. Uma dieta inadequada leva a uma desagregação das nossas faculdades instintivas e intuitivas, que são a nossa proteção espiritual. Essa proteção espiritual se encontra em nosso Hara. Já a energia do aquecedor superior vem do ar respirado. Essa energia extraída do ar é utilizada para a oxigenação do organismo, nossa movimentação, intenção e poder da vontade. Com ela se sente que podemos mudar o mundo (ou nossa percepção dele), dando-nos força à meditação.

Devemos fazer da alimentação um ato de louvor ao Incognoscível, a Fonte, louvor ao nosso templo corpóreo, através de uma boa alimentação, e louvor àqueles que contribuíram para que o alimento chegasse até nós. Todo alimento é uma manifestação do Todo e deveria ser integrado ao nosso corpo como um ritual: agradecer, contemplar, saborear.

Do alimento originam-se todos os seres que, nascidos, crescem graças ao alimento. Todos os seres são nutridos pelo alimento e, quando morrem, o alimento nutre-se deles. Por isso vários povos têm cerimônias sagradas para purificar seus alimentos (como os índios, os judeus, etc.), principalmente a carne animal. Todo ser vivo precisa se alimentar de outros seres vivos para sobreviver, contudo deveríamos, como as formas mais conscientes do planeta Terra que somos, sacrificar formas de vida menos conscientes para serem nosso alimento.

“Tanto quanto possível, os itens de alimentação devem ser selecionados entre aqueles em que o desenvolvimento da consciência é comparativamente pequeno, isto é, se houver vegetais disponíveis os animais não devem ser sacrificados”
Sri Sri A’nandamu’rti

Cereais integrais, saladas, vegetais e frutas frescas da época e raízes e tubérculos no inverno. Sempre que possível cozinhe ou asse esses alimentos no vapor ou ingira-os crus. Dê preferência aos orgânicos e evite os industrializados. Se for comer carne, dê preferência a peixe fresco ou carnes magras (peito de frango ou peru), animais que têm menor consciência e terror quando são abatidos. A energia do terror altera a constituição bioquímica, hormonal e energética da carne.

Comer somente quando se estiver com fome, beber sempre que estiver com sede, estar consciente da nossa respiração, mastigar bem e lentamente a comida, com poucos líquidos, livre de fortes emoções ou pensamentos (que deprimem o terceiro Chakra, fechando-o), sentado e relaxado, seriam recomendações para uma refeição sagrada. Comer nas mesmas horas, e sempre acompanhado com outras pessoas, comer pouco e parar de comer antes de se sentir saciado, evitar comer entre as refeições e nada que for sólido após as 20 horas, e beber muita água entre uma refeição e outra, seriam recomendações básicas para uma boa saúde alimentar.

Existe um costume bastante esquecido da sociedade moderna, que é o de silenciar, ou orar, antes de iniciar uma refeição. Esse ato, junto com a imposição das mãos sobre os alimentos, aumenta o valor energético vital do alimento. Agradecer mentalmente a toda a cadeia de pessoas, animais e vegetais que possibilitaram a presença daquele alimento na mesa, assim como agradecer ao Incognoscível, pela simples existência da vida. Uma dieta equilibrada deveria conter, diariamente, cerca de um litro de laticínios, óleo de granola ou girassol, mamão (com cerca de seis sementes por dia), ameixa, passas, folhas, arroz integral, uma banana e um tomate. Diariamente alternar a soja com o feijão e a lentilha. Ingerir cerca de dois litros de água por dia, tomar muito chá e suco de acerola ou caju.

Estamos imersos numa teia de inter-relações e o funcionamento correto de nosso corpo necessita de um perfeito equilíbrio com a Natureza que nos cerca, um equilíbrio interno consigo mesmo e com inúmeras outras formas de vida que nos habitam o sistema digestivo.