“Não podemos banhar-nos duas vezes no mesmo rio porque as águas nunca são as mesmas e nós nunca somos os mesmos”. O existir é um perpétuo mudar, um estar constantemente sendo e não-sendo, um devir perfeito; um constante fluir...

Se gosta seja amigo :) Namasté!

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25 de abril de 2011

Lições e mais lições

Face a um momento da vida em que as lições se apresentam algo complexas, nada como uma tiragem composta do Tarot de Osho para melhor tentar entender as energias que me rodeiam...A mensagem parece-me clara. Tudo o que vivo neste preciso momento é necessário para o meu crescimento, e em vez de me deixar arrastar pelo drama tenho sim que me centrar e ter sempre presente que o que interessa é o caminho, é cada passo, cada lição. Para as aproveitar ao máximo é necessário sair de mim e olhar de fora, com tranquilidade. É necessário o desapego de quem sabe que tudo é efémero, tudo está em constante mudança e devir. Encontrar o equilibrio entre a paixão caracteristica de quem vive intensamente e se entrega a cada momento plenamente, e o reconhecimento de que eu sou um ser completo em si mesmo,  e que tudo não passa de mais uma etapa necessária no meu caminho. Nada fácil, admito...contudo, é sem dúvida nenhuma essa a minha lição, e enquanto não a aprender não poderei evoluir para o próximo patamar de crescimento.

EU - 67. Renascimento
Segundo o Zen, você vem de lugar-nenhum, e vai para lugar-nenhum. Você existe apenas agora, aqui: não vindo, nem indo. As coisas todas vão passando por você; a sua consciência reflete o que passa, mas ela mesma não se identifica com isso.
Quando um leão ruge diante de um espelho, você pensa que o espelho também ruge? Ou quando o leão se afasta e aparece uma criança dançando, o espelho, esquecendo completamente o leão, passa a dançar com a criança -- você acredita que o espelho realmente dance com a criança?
O espelho não faz nada, ele apenas reflete. A sua consciência é apenas um espelho.
Você nem vem, nem vai. As coisas vêm e vão.
Você se torna um jovem, você fica velho; você está vivo, você está morto.
Todas essas situações são apenas reflexos num lago eterno de consciência.
Osho Osho Live Zen, Volume, 2 Chapter 16
Comentário:
Esta carta representa a evolução dos graus de consciência do modo como é descrita por Friedrich Nietzsche, em seu livro Assim Falou Zarathustra. Ele fala dos três níveis: Camelo, Leão e Criança. O camelo é sonolento, entediado, satisfeito consigo mesmo. Vive iludido julgando-se o cume de uma montanha, mas, na verdade, preocupa-se tanto com a opinião dos outros que quase não tem energia própria. Emergindo do camelo, aparece o leão. Quando nos damos conta de que temos estado abrindo mão da oportunidade de viver realmente a vida, passamos a dizer "não" às demandas dos outros. Nós nos apartamos da multidão, solitários e orgulhosos, rugindo a nossa verdade. A coisa, porém, não acaba por aí. Finalmente, emerge a criança, nem submissa nem rebelde, mas inocente e espontânea, fiel ao seu próprio ser.
Qualquer que seja a posição em que você se encontre neste momento -- sonolento e abatido, ou desafiador e rebelde -- tenha consciência de que isso evoluirá para alguma coisa nova, se você permitir. Este é um tempo de crescimento e mudança.

O OUTRO - 54. Projeções
Numa sala de cinema, você olha para a tela, nunca para o fundo da sala -- o projetor está no fundo. O filme de fato não está na tela: é apenas uma projeção de sombra e luz. O filme existe apenas lá atrás, mas você nunca olha naquela direção. E o projetor está lá.
Sua mente está por trás da coisa toda: a mente é o projetor. Mas você fica sempre olhando para o outro, porque o outro é a tela.
Quando você está apaixonado, a pessoa parece linda, incomparável. Quando você sente ódio, a mesma pessoa parece a mais feia de todas, e você nunca se questiona como pode a mesma pessoa ser a mais feia e a mais bonita...
A única maneira, portanto, de se chegar à verdade, é aprender como enxergar diretamente, como deixar de lado a intermediação da mente. Essa interferência é o problema, porque a mente só é capaz de criar sonhos... Com a ajuda do seu entusiasmo, o sonho começa a parecer realidade. Quando o entusiasmo é demasiado, então você está intoxicado, não está na posse dos seus sentidos. Nessa condição, o que quer que você enxergue será apenas uma projeção sua. E existem tantos mundos quanto mentes, porque cada mente vive no seu próprio mundo.
Osho Hsin Hsin Ming: The Book of Nothing Chapter 7
Comentário:
O Homem e a mulher desta carta estão se olhando; contudo, não são capazes de se enxergar com nitidez. Cada qual está projetando uma imagem que construiu em sua mente, de maneira a encobrir o rosto verdadeiro da pessoa para quem está olhando.
Todos nós podemos cair na armadilha de projetar "filmes" de nossa própria autoria, sobre as situações e as pessoas à nossa volta. Isso acontece quando não estamos plenamente conscientes de nossas expectativas, desejos e julgamentos; em vez de assumir a responsabilidade por tais expectativas, desejos e julgamentos, e de reconhecê-los como nossos, tentamos atribuí-los aos outros.
Uma projeção pode ser diabólica ou divina, perturbadora ou confortadora, mas continua sendo uma projeção -- uma nuvem que nos impede de ver a realidade como ela é. O único modo de escapar disso é entender como funciona o jogo. Quando você der com um julgamento se formando a respeito de outra pessoa, vire-o do avesso: aquilo que você está vendo no outro, na verdade, não pertence a você? A sua visão está límpida, ou obstruída pelo que você quer ver?

AS ENERGIAS COMPOSTAS: 49. Amistosidade
Primeiro dedique-se à meditação, atinja a bem-aventurança, e então muito amor se manifestará de maneira espontânea. Nessa condição, é belo estar com os outros e belo também é estar sozinho. É simples também. Você não depende dos outros e também não torna os outros dependentes de você. O que existe é sempre amizade, amistosidade. A coisa nunca se transforma numa relação; continua sendo uma afinidade.
Você convive, mas não cria um casamento. O casamento nasce do medo, a afinidade nasce do amor.
Você estabelece um relacionamento; enquanto as coisas andarem bem, você compartilha. Se você percebe que é chegado o momento de partir porque os caminhos se separam numa encruzilhada, você diz adeus com uma enorme gratidão por tudo que o outro foi para você, por todas as alegrias, todos os prazeres, e por todos os belos momentos compartilhados juntos. Sem nenhum sofrimento, sem nenhuma dor, você simplesmente se afasta.
Osho The White Lotus Chapter 10
Comentário:
Os ramos destas duas árvores floridas estão entrelaçados, e as suas pétalas caídas misturam-se no chão, com suas belas cores. É como se o céu e a terra estivessem interligados pelo amor. As árvores se erguem individualmente, cada qual enraizadas no solo, em sua própria conexão com a terra. Desse ponto de vista, simbolizam a essência dos verdadeiros amigos, maduros, cooperativos entre si, espontâneos. Não existe nenhuma ansiedade na ligação entre eles, nenhuma carência, nenhuma vontade de transformar o outro em alguma coisa diferente.
Esta carta indica uma prontidão para entrar nesta qualidade de amistosidade. Ao fazê-lo, você poderá notar que não está mais interessado nos diferentes tipos de dramas e romances em que as outras pessoas estão empenhadas. Não se trata de uma perda. É o surgimento de uma disposição de espírito mais elevada, mais carregada de amor, nascida de uma sensação de vivenciamento pleno. É o surgimento de um amor verdadeiramente incondicional, sem expectativas ou exigências.

O INSIGHT - 45. Viajando
A vida é uma continuidade, sempre e sempre. Não existe um destino final ao qual ela esteja se dirigindo. Apenas a peregrinação, apenas a viagem em si já é a vida, não o chegar a algum ponto, a alguma meta -- apenas dançar e estar em peregrinação, movendo-se alegremente sem se preocupar com nenhum ponto de chegada.
O que você fará depois que chegar a um destino? Ninguém nunca fez esta pergunta porque todo mundo está empenhado em ter alguma meta na vida. Porém, as implicações disso...
Se você atingir de fato o destino final da vida, o que vem depois? Você irá parecer muito desapontado! Não haverá lugar aonde ir... você já alcançou o ponto de destino... -- e ao longo da viagem deixou escapar tudo. Era preciso deixar passar! Então, nu e plantado no ponto de chegada, você ficará olhando em volta como um idiota: qual era mesmo o propósito disso tudo...? Você esteve se apressando tanto, preocupando-se tanto, e este é o resultado final.
Osho Rinzai: Master of the Irrational Chapter 7
Comentário:
A pequenina figura que se desloca pela trilha que corta esta bela paisagem, não está preocupada em chegar a qualquer destino. Ele, ou ela, sabe que a viagem é a própria meta, que a peregrinação em si é o santuário. Cada passo no caminho é importante por si mesmo.
Quando esta carta aparece numa leitura, indica um tempo de movimento e mudança. Pode ser um deslocamento físico de um lugar para o próximo, ou um movimento interior de uma maneira de ser para outra. Qualquer que seja o caso, porém, esta carta assegura que a mudança será fácil, e que trará um sentimento de aventura e de crescimento; não há nenhuma necessidade de se esforçar nem de planejar em demasia. Esta carta da "Viagem" também nos lembra de que devemos aceitar e acolher o novo, exatamente como acontece quando viajamos para um outro país, com uma cultura e um ambiente diferentes daqueles a que estamos acostumados. Esta atitude de abertura e de aceitação estimula o surgimento de novos amigos e de novas experiências na nossa vida.

13 de dezembro de 2010

Tarot Osho Zen: 49. Amistosidade

Primeiro dedique-se à meditação, atinja a bem-aventurança, e então muito amor se manifestará de maneira espontânea. Nessa condição, é belo estar com os outros e belo também é estar sozinho. É simples também. Você não depende dos outros e também não torna os outros dependentes de você. O que existe é sempre amizade, amistosidade. A coisa nunca se transforma numa relação; continua sendo uma afinidade.

Você convive, mas não cria um casamento. O casamento nasce do medo, a afinidade nasce do amor.
Você estabelece um relacionamento; enquanto as coisas andarem bem, você compartilha. Se você percebe que é chegado o momento de partir porque os caminhos se separam numa encruzilhada, você diz adeus com uma enorme gratidão por tudo que o outro foi para você, por todas as alegrias, todos os prazeres, e por todos os belos momentos compartilhados juntos. Sem nenhum sofrimento, sem nenhuma dor, você simplesmente se afasta.

Osho The White Lotus Chapter 10

Comentário:

Os ramos destas duas árvores floridas estão entrelaçados, e as suas pétalas caídas misturam-se no chão, com suas belas cores. É como se o céu e a terra estivessem interligados pelo amor. As árvores se erguem individualmente, cada qual enraizadas no solo, em sua própria conexão com a terra. Desse ponto de vista, simbolizam a essência dos verdadeiros amigos, maduros, cooperativos entre si, espontâneos. Não existe nenhuma ansiedade na ligação entre eles, nenhuma carência, nenhuma vontade de transformar o outro em alguma coisa diferente.
Esta carta indica uma prontidão para entrar nesta qualidade de amistosidade. Ao fazê-lo, você poderá notar que não está mais interessado nos diferentes tipos de dramas e romances em que as outras pessoas estão empenhadas. Não se trata de uma perda. É o surgimento de uma disposição de espírito mais elevada, mais carregada de amor, nascida de uma sensação de vivenciamento pleno. É o surgimento de um amor verdadeiramente incondicional, sem expectativas ou exigências.

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Há muito que mudei...mas cometi um erro. É um erro comum. O Ego interfere quantas vezes sem nos apercebermos, veiculando-nos á energia antiga, e assim transmitindo uma imagem completamente distorcida de quem somos realmente naquela altura da nossa vida.
A verdade é que todos mudamos. Crescemos. Aprendemos. Corrigimos. Descobrimos e reinventamos. Mas por vezes é tudo tão rápido que há uma parte de nós que não se apercebe, que se prende desesperadamente á imagem confortável daquilo que já fomos mas já não somos...porquê? Porque é algo que o nosso Ego conhece, e é algo que o ajuda a dominar-nos e a escravizar-nos sem nós darmos conta...sob a capa do agradável, do prazer, dos sentimentos que nos fazem sentir bem, um gelado, um chocolate, etc.
Quando mudamos devemos esperar a prova. Se não passamos, é porque não estamos preparados, se não estamos preparados e fizermos batota, na prova seguinte a queda será maior...e a dor também.
Estudar.
É a única solução. Estudar-nos a nós mesmos. Estudarmos os ciclos que se repetem, identificar os padrões...reconhecer o que nos é pedido.
Não significa que a mudança não tenha ocorrido efectivamente. Mas há que cimentá-la. Há que estruturá-la. E sim...há que dar provas de que a lição foi de facto aprendida e que estamos prontos para novos desafios.
Enquanto isso não acontecer...chumbamos. E repetimos. Chumbamos. E repetimos. Interminavelmente até ao dia em que passamos! Sim. Esse dia chega. Para todos. Para todas as situações.
Perguntar "que mal fiz eu?" , "porque é que isto me está sempre a acontecer", "só comigo!" em tom de desalento e pieguice é exactamente a mesma coisa que o nosso filho que tinha um teste, surpresa ou marcado, chegar a casa com um chumbo porque não estudou a matéria que tinha dado nas aulas ou que fazia parte do programa. "Mas a culpa não é dele...é do professor, é da matéria, é do sistema, é do tempo, etc etc" Não a culpa não é dele. Não há motivos para culpa - cá está uma palavra que abomino... Mas a responsabilidade é só dele. Ele tinha a matéria. Sabia que a qualquer momento podia ser alvo de um teste. Não estava preparado. Chumbou. Lógico, não?

Na escola da vida é a mesma coisa. E não há uma única única situação que eu tenha criticado, comentado ou julgado, que mais tarde ou mais cedo não me aconteça...pelos vistos, fica tudo apontado, por isso é altura de passar este teste, e seguir em frente...porque já estou cansada de chumbar e já estou fartinha de repetir a matéria!

22 de outubro de 2010

Tarô Osho Zen - O Sonho

Uma coisa tem sido dita repetidas vezes no decorrer dos tempos. Todas as pessoas religiosas têm afirmado que: "Sozinhos nós chegamos a este mundo, e sozinhos partiremos". Toda idéia que envolve estar junto é ilusória. A própria idéia de companheirismo aparece porque estamos sós, e o isolamento fere. Queremos neutralizar nosso isolamento com relacionamentos...

Por isso é que nos deixamos envolver tanto com o amor. Tente entender a questão. Normalmente você pensa que se apaixonou por uma mulher, ou por um homem, porque ela é bela, ou ele é belo. Essa não é a verdade. A verdade é exatamente o contrário: Você "caiu no amor" porque não consegue ficar sozinho. Você estava mesmo pronto para "cair". De uma maneira ou de outra você iria fugir de si mesmo.
E existem pessoas que não se apaixonam por mulheres ou homens -- então se apaixonam pelo dinheiro. Elas passam a acumular dinheiro, ou embarcam na aventura do poder -- elas se tornam políticos. Isso também é fugir do próprio isolamento. Se você observar o Homem, se observar com profundidade a si mesmo, ficará surpreso: todas as suas atividades podem ser reduzidas a uma única origem. Essa origem é o medo que você tem de estar só. Tudo o mais são apenas desculpas. O motivo verdadeiro é que você se sente muito só.

Osho Take it Easy, Volume 2 Chapter 1

Comentário:

Em alguma tardezinha encantada, você irá encontrar a sua alma gêmea, a pessoa perfeita que corresponderá a todas as suas necessidades, e será a concretização de todos os seus sonhos. Certo? Errado! Essa fantasia que os cantores e os poetas gostam tanto de perpetuar tem suas raízes em memórias do útero, onde estávamos tão seguros e "unificados" com nossas mães; não é de admirar que sejamos obcecados por retornar a essa condição durante toda a nossa vida. Mas, falando numa linguagem crua, é um sonho infantil. E é surpreendente que nos apeguemos a ele com tanta teimosia, diante da realidade.
Ninguém seja o seu atual companheiro ou alguém com quem você sonha no futuro, tem a obrigação de trazer-lhe à felicidade numa bandeja -- nem poderia, ainda que quisesse. O amor verdadeiro não advém de tentativas de satisfazer nossas necessidades por meio da dependência com relação à outra pessoa, mas por meio do desenvolvimento da nossa riqueza interior, e do nosso amadurecimento. Com isso, passamos a ter tanto amor para dar, que amantes serão espontaneamente atraídos por nós.

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É a segunda vez que esta carta me sai. Da primeira vez nem liguei, foi há mais de um ano. Contudo hoje recordei-me da altura exacta em que me saiu e da minha estranheza e falta de entendimento face ao que era dito...
Desta vez foi como se o Universo me gritasse B A S T A . Acabou o tempo de recreio. Está a soar o toque de entrada e aqui já não há segundo toque de tolerância...ou entras e aprendes, ou ficas como e onde estás, até outra oportunidade noutra vida, noutro sitio ou noutra dimensão.

Não grito eu e o teu olhar mentiu, enrolados pelo chão no abraço que se viu...(para quem não conhece, Pedro Abrunhosa).

Uma partida do meu Ego para me forçar a ficar, apelando ao sentimentalismo e ao medo que de facto tenho de caminhar sozinha fisicamente nesta Terra...
Não digo eu, e avanço entrando na sala de aula. O Coração doí-me de tanto bater descompassado e custa-me a respirar, como se o próprio ar me asfixiasse...se tenho medo? Sim, tenho. Mas há uma voz que me diz para continuar e nem olhar para trás...e confiar. Confiar com todo o meu ser, porque na verdade, nunca estarei só.
E é isso que eu faço.
Neste preciso momento.
O meu Sol e a minha Lua e EU, em movimento perfeitamente alinhado.
Sol na casa 2, lua na casa 8
DE: 21/10 (Ontem), 10h19
ATÉ: 23/10 (Amanhã) , 19h01

21 de abril de 2010

Tarô Osho Zen - 9. Solitude



Quando você está sozinho, você não está só, está simplesmente solitário -- e há uma grande diferença entre a solidão e a solitude. Quando você sente a solidão, fica pensando no outro, sente a falta do outro.

A solidão é um estado de espírito negativo. Você fica sentindo que seria melhor se o outro estivesse ali -- seu amigo, sua esposa, sua mãe, a pessoa amada, seu marido. Seria bom se o outro estivesse ali, mas ele não está.

Solidão é ausência do outro. A solitude com você é a presença de si mesmo. A solitude é muito positiva. É uma presença, uma presença transbordante. Você se sente tão pleno de presença que pode preencher o universo inteiro com a sua presença, e não há nenhuma necessidade de ninguém.

Osho The Discipline of Transcendence, Volume 1 Chapter 2

Comentário:

Quando não existe "alguém significativo" em nossa vida, podemos tanto nos sentir solitários, quanto desfrutar da liberdade que a solidão traz. Quando não encontramos apoio entre os outros para as nossas verdades sentidas profundamente, podemos nos sentir isolados e amargurados, ou então celebrar o fato de que o nosso modo de ver as coisas é seguro o bastante, até para sobreviver à poderosa necessidade humana de aprovação da família, dos amigos, dos colegas. Se você está enfrentando uma tal situação neste momento, tome consciência de como está optando por encarar o seu "estar só", e assuma a responsabilidade pela escolha que fez.
A figura humilde desta carta brilha com uma luz que emana do seu interior. Uma das contribuições mais significativas do Gautama o Buda para a vida espiritual da humanidade foi insistir junto a seus discípulos: "Seja uma luz de você mesmo". Afinal de contas, cada um de nós deve desenvolver em si a capacidade de abrir o seu próprio caminho através da escuridão, sem quaisquer companheiros, mapas ou guia.

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O mesmo padrão...sempre. Resta-me perceber o que me é pedido. Resta-me decidir se mantenho ser verdadeira, mesmo que isso implique a perda e a dor, ou desistir e vestir a máscara ilusória que todos parecem usar tão bem e gostar...viver num mundo em que o parece que é é mais importante do que o que é realmente não é fácil...não interessa o que somos, o que sentimos, o que damos. Apenas o reflexo no espelho conta, e tudo o que se constrói ao seu redor...e é assim que acabamos sempre por ser 2 seres distintos, um do lado de cá do espelho, e o outro... um emaranhado de interpretações que vale mais que o Eu real. O espelho? Não espelha, disforma ao sabor do ego de cada um.
Quem mente, finge e entra no jogo do que parece é, acaba por ser recompensado. Quem se mantém fiel à verdade e é transparente acaba por ser acusado de ser falso...acaba por ser o louco que é atingido por todos, mas que mesmo assim permanece a sorrir, mesmo que o sorriso seja salgado de lágrimas...





10 de abril de 2010

Tarô Osho Zen - 51. Voltando-se para Dentro



Voltar-se para dentro não é movimentar-se, absolutamente. Ir para dentro de si não é deslocar-se. Voltar-se para dentro simplesmente significa que você tem estado perseguindo um desejo atrás do outro, que esteve correndo cada vez mais, para chegar repetidas vezes à frustração; que cada desejo traz infelicidade, que não existe nenhum preenchimento por meio de desejos; que você nunca chega a lugar nenhum, que o contentamento é impossível. Percebendo a verdade de que correr atrás de desejos não leva a lugar nenhum, você acaba parando. Não que você faça algum esforço para parar. Se você fizer qualquer esforço para parar, de uma maneira sutil você ainda estará correndo atrás de alguma coisa novamente. Você ainda está desejando -- talvez, agora, seja a ausência de desejo o seu desejo.
Se estiver fazendo algum esforço para voltar-se para dentro, você ainda estará saindo de si mesmo. Qualquer esforço só poderá levá-lo para fora, em direção ao exterior.
Todas as viagens são viagens para fora -- não há viagem para dentro. Como você pode viajar para dentro de si mesmo? Você já está ali, não faz sentido ir. Quando o deslocar-se cessa, a viagem desaparece; quando não há mais nenhum desejo obscurecendo a sua mente, você está dentro. A isso é que se chama voltar-se para dentro. Mas não se trata absolutamente de um deslocamento, trata-se simplesmente de não sair para fora.

Osho This Very Body The Buddha Chapter 9



Comentário:

A mulher desta figura tem no rosto um sorriso discreto. Na verdade, ela está apenas assistindo aos malabarismos da mente -- não os está julgando, nem tentando contê-los, tampouco está identificada -- limita-se a observá-los como se fossem o tráfego numa estrada, ou ondulações na superfície de um lago. E os malabarismos da mente são razoavelmente divertidos, na medida em que eles pulam para cima e para baixo, e viram para cá e para lá na tentativa de atrair a sua atenção, e de seduzi-lo para entrar no jogo.

Desenvolver a capacidade de manter certo distanciamento da mente é uma das bênçãos maiores. De fato, esse é o grande objetivo da meditação -- não, ficar entoando algum mantra, nem repetindo uma afirmação, mas ficar simplesmente observando, como se a mente pertencesse a alguma outra pessoa. A essa altura, você está pronto para ter esse distanciamento, e assistir à exibição sem se envolver no drama. Permita-se a liberdade singela de "Voltar-se Para Dentro" sempre que puder, e a aptidão para a meditação crescerá e se aprofundará em você.

8 de abril de 2010

Tarô Osho Zen 18. Vidas Passadas


A criança poderá tornar-se consciente somente se, na sua vida anterior, houver meditado o suficiente, se houver criado suficiente energia meditativa para lutar contra a escuridão que a morte traz. O indivíduo encontra-se simplesmente perdido em um esquecimento e, então, de repente, encontra um novo útero e esquece completamente do corpo antigo. Há uma descontinuidade. Essa escuridão, essa inconsciência gera a descontinuidade.

O Oriente tem trabalhado arduamente para penetrar essas barreiras. E o trabalho de dez mil anos não foi em vão. Todos podem adentrar sua vida anterior, e até muitas vidas passadas. Para que isso seja possível, porém, é necessário que você se aprofunde na sua meditação, e por duas razões: a menos que você se aprofunde, você não será capaz de encontrar a passagem para uma outra vida; em segundo lugar, é preciso que você tenha ido muito fundo na meditação porque, caso você encontre a passagem para uma outra vida, uma profusão de acontecimentos invadirá a sua mente.
Já é bastante difícil carregar apenas uma vida...

Osho Hyakujo: The Everest of Zen Chapter 7

Comentário:
As mãos da existência assumem a forma dos órgãos genitais femininos, a abertura da mãe cósmica. Em seu interior se revelam muitas imagens, rostos de outros tempos.
Conquanto possa ser divertido fantasiar a respeito de vidas passadas famosas, isso não passa de uma distração. O importante é enxergar e entender os padrões kármicos das nossas vidas e as suas raízes, em um ciclo repetitivo sem fim que nos aprisiona em um comportamento inconsciente.
Os dois lagartos com as cores do arco-íris, um de cada lado, representam o saber e o não-saber. São os guardiães do inconsciente, certificando-se de que estejamos preparados para uma visão que, de outra forma, poderia ser dilacerante.
Um vislumbre da eternidade da nossa existência constitui uma dádiva, e o entendimento da função do karma em nossa vida não é algo que possa ser conseguido quando se quer. Este é um chamado para que você desperte: os acontecimentos em sua vida estão tentando fazê-lo enxergar um padrão tão antigo quanto à jornada da sua própria alma.

30 de março de 2010

Tarô Osho Zen - 48. A Fonte

Esta carta é para ti, que estás neste momento a ser operado e que eu sei que mesmo sob anestesia geral estás com medo. Eu também tenho medo. Mas sei que esta é uma lição tua e que vais conseguir superá-la. É também parte da minha aprendizagem, e agradeço ao Universo por isso. A Fonte...é lá que está a chave. A chave...recordas-te de ter dito que é o símbolo que me foi atribuido há uns anos atrás?
"Eu Sou."
"Eu Creio."
"Eu Amo."
Tu também tens a chave em ti mesmo...Acorda e usa-a!

It´s amazing how we are blessed...


O Zen lhe pede que deixe de lado a cabeça e volte-se para a fonte primordial... Não é que o Zen não esteja a par dos usos da energia na cabeça; mas, se toda a energia for usada na cabeça, você nunca se dará conta da sua eternidade...Você nunca conhecerá como uma experiência o que é tornar-se uno com o todo. Quando a energia fica restrita ao centro, pulsando, quando ela não está se deslocando para parte alguma, nem para a cabeça e nem para o coração, permanecendo na própria fonte de onde o coração a retira, aonde a cabeça vai buscá-la, pulsando na própria fonte -- esse é o significado exato do Zazen.Zazen quer dizer apenas que, se você permanece na própria fonte, sem deslocar-se para parte alguma, uma força imensa se levanta, uma transformação de energia em luz e amor, em uma vida maior, em compaixão, em criatividade. Ela pode assumir formas variadas. Primeiramente, porém, você tem que aprender como permanecer na fonte. Depois, então, a fonte decidirá onde está o seu potencial. Você pode relaxar na fonte, e ela o levará ao seu próprio potencial.

Osho The Zen Manifesto: Freedom from Oneself Chapter 11Comentário:

Quando falamos de estar "com os pés no chão" ou "centrados", é desta Fonte que estamos falando. Quando damos início a um trabalho criativo, é com esta Fonte que nos sintonizamos. Esta carta nos lembra de que existe um vasto reservatório de energia à nossa disposição. E que não é quando pensamos e planejamos que nos ligamos a ele, mas quando pomos os pés no chão, quando nos centramos, e quando permanecemos suficientemente em silêncio para que o contato com a Fonte possa se estabelecer. Ela está dentro de cada um de nós, como um sol pessoal, individual, proporcionando-nos vida e alimento. Energia pura, ela permanece pulsando, disponível, pronta a nos dar o que for que precisemos para realizar alguma coisa, e pronta também para nos acolher de volta em casa, quando quisermos descansar.Recorra, portanto, à Fonte caso você esteja dando início a alguma coisa nova e precise de inspiração imediatamente, e caso você tenha acabado de finalizar alguma coisa, e queira descansar. Ela está sempre à sua espera, e você nem precisa sair de casa para encontrá-la.

2 de julho de 2009

Sobre os Peixes...


Retirado daqui Obrigada Nova-Lis :)

É impossível compreender suas verdadeiras motivações, porque elas mudam o tempo todo, como as marés dos oceanos. Peixes estão ligados a um reino sem fronteiras. Você busca nada menos que o próprio segredo da fonte da vida. Como você não consegue encontrá-lo, não é à toa que seu desapontamento e raiva do mundo possam ser tão grandes quanto suas aspirações. Dizem que esse último signo contém um pouco de todos os outros e ninguém é mais camaleônica que você.
Você tem uma fluidez e uma complexidade que podem ser encantadoras e enfurecedoras ao mesmo tempo. Há tantas pessoas dentro de você que os outros se perguntam quando a verdadeira pisciana irá surgir e aparecer. Às vezes você demonstra uma estranha passividade ou inércia diante de uma crise. Tomar decisões significa escolher uma coisa em detrimento da outra e, para você, todas as escolhas têm um lado verdadeiro. Ver a relatividade da verdade é um grande dom, porque a torna tolerante e compassiva - ocasionalmente, incrivelmente relaxada.
Essa indiferença calma e sábia com a qual você encara as transgressões humanas não se aplica somente às suas próprias transgressões. Você consegue ficar sentada calmamente enquanto sua amante vai embora, suas crianças a insultam, seu chefe empilha insultos sobre sua cabeça e o proprietário de seu apartamento a despeja. Piscianas parecem aceitar o azar como se tivessem nascido com ele, esperá-lo e, até mesmo, dar-lhe as boas vindas. Mas vocês sabem algo que os outros signos não sabem: todo esse sofrimento humano tem pouco significado quando seus olhos e seu coração estão focalizados no grande Uno.
Peixes é o signo místico. É preciso admitir que há piscianas por aí que são quase uma caricatura do pensamento racional e científico. Esses são os peixes assustados com o caos de suas próprias profundezas. No entanto, mergulhando ainda mais fundo, você verá uma forte busca espiritual em cada pisciana, a menos que suas defesas sejam incrivelmente rígidas. E essa busca inclui a si mesmo. Isso não significa religiosidade de uma forma ortodoxa. É que você tem uma sensação intuitiva de outras realidades, algo mágico e evasivo, uma unidade transcendente que torna a rotina do dia-a-dia sem graça e sem sentido.
Você também tem um profundo conhecimento instintivo da futilidade de muitos desejos humanos. A ambição humana, as paixões poderosas, luxúria, egoísmo... essas motivações humanas simples geralmente não exercem muito poder sobre você. Lá no fundo, você não as leva tão a sério. Afinal de contas, como dizem no Oriente, isso é só maya - ilusão. Como é de um signo de água, você é profundamente sensível às correntes secretas que existem sob a máscara comum do comportamento humano.
É difícil enganar uma pisciana. No entanto, enquanto outros responderão defendendo a si mesmos e acirrando ressentimentos, você olhará, verá, sentirá pena e perdoará. Muitas vezes você deixa que os outros se aproveitem de você, não porque é ingênua, mas porque sente pena de todo o tipo de gente. Esse mundo material não é o verdadeiro para você; você segue um outro ritmo.
Você se move em um mundo onde todos os pensamentos e ações têm milhares de associações que se ramificam até o infinito e nada nunca é simples e claro. É difícil para você discriminar, limitar-se a si mesma. Isso poderá levá-la ao excesso, a alguns problemas sérios com comida, álcool, drogas ou à extravagância financeira. A compensação para essa falta de limites perturbadora é sua imaginação sem fim. Até mesmo piscianas extremamente defendidas e hiper-racionais têm essa faculdade maravilhosa escondida em si.
O mundo das artes e da ciência intuitiva (como a informática, a matemática pura e a física) está repleto de piscianas bem dotadas. Dentro de si você carrega uma chave para o reino vasto e misterioso da psique inconsciente e isso lhe foi dado ao nascer como um presente. O problema é que, uma vez dentro dessas águas, você tem dificuldade de voltar. Lidar com a realidade mundana pode ser um verdadeiro problema para a pisciana. Embora sua intuição possa ser super rápida e seu intelecto brilhante, você muitas vezes não percebe algo simples, como o vencimento da conta de eletricidade.
Você também é uma romântica incurável. Algumas piscianas têm muitas defesas para esconder essa tendência, mas você nasceu romântica e será sempre uma romântica. E os romances não são só casos de amor. Você precisa de mágica e fica mais facilmente entediada que qualquer outro signo. As únicas coisas realmente consistentes em você são sua aliança com uma realidade maior e mais profunda e seu amor pela necessidade de mudança. Não importa o trabalho mais seguro, o status social mais convencional e o orçamento que garanta sua pensão na sua velhice: você os trocará todos por flores, a qualquer momento.

23 de junho de 2009

Tarot Osho: 4. O Rebelde


As pessoas têm muito medo daqueles que conhecem a si mesmos. Estes têm um certo poder, uma certa aura e um certo magnetismo, um carisma capaz de libertar os jovens, ainda cheios de vida, do aprisionamento tradicional...

O homem iluminado não pode ser escravizado -- este é o problema -- e não pode ser feito prisioneiro... Todo gênio que tenha conhecido um pouco do seu íntimo está fadado a ser um pouco difícil de ser absorvido: ele deverá ser uma força perturbadora. As massas não querem ser perturbadas, ainda que se encontrem na miséria; estão na miséria, mas estão acostumadas com isso, e qualquer um que não seja um miserável parece um estranho.

O homem iluminado é o maior forasteiro do mundo; ele parece não pertencer a ninguém. Nenhuma organização consegue confiná-lo, nenhuma comunidade, nenhuma sociedade, nenhuma nação.
Osho The Zen Manifesto: Freedom from Oneself Chapter 9

Comentário:
A figura de poder e autoridade desta carta é, visivelmente, de alguém que é senhor do seu próprio destino. Em seu ombro, há uma representação do sol, e a tocha que ele segura na mão direita simboliza a luz da sua própria verdade, arduamente conquistada.
Rico ou pobre, o Rebelde é de fato um imperador, porque quebrou as correntes do condicionamento repressivo e das opiniões da sociedade. Ele deu forma a si mesmo abraçando todas as cores do arco-íris, aflorando das raízes obscuras e amorfas de seu passado inconsciente, e criando asas para voar para o céu. A sua própria maneira de ser é rebelde -- não porque esteja lutando contra alguém ou contra qualquer coisa, mas porque ele descobriu a sua própria natureza verdadeira e está determinado a viver de acordo com ela. A águia é o animal com o qual se afina espiritualmente, um mensageiro entre a terra e o céu.
O Rebelde nos desafia a ser suficientemente corajosos para assumir responsabilidade por quem somos, e para viver a nossa verdade.

23 de outubro de 2007

Tarô Osho Zen - 32. Moralidade


Bodhidharma... transcende em muito os moralistas, os puritanos, as assim chamadas "boas pessoas", os "fazedores do bem". Ele chegou à verdadeira raiz do problema. A menos que a consciência desperte em você, toda a sua moralidade é falsa, toda a sua cultura é apenas uma camada muito fina que pode ser destruída por qualquer um. Mas, uma vez que a sua moralidade seja fruto da sua consciência, não de uma certa disciplina, então, é coisa inteiramente diferente. Nessa condição, você responderá a cada situação a partir da sua consciência. E o que quer que você faça será bom. A consciência não é capaz de fazer nada que seja ruim. Esta é a beleza suprema da consciência: qualquer coisa que surja dela é simplesmente bela, simplesmente correta, e isso sem nenhum esforço, sem nenhum treinamento. Assim, em vez de podar folhas e galhos, corte a raiz. E para cortar a raiz, não existe caminho alternativo além de um único método: o método de manter-se alerta, de estar percebendo o que acontece, de estar consciente.

Osho Bodhidharma, The Greatest Zen Master Chapter 15Comentário:

A moralidade tem restringido aos estreitos limites da mente dessa mulher, toda a seiva e a energia da vida. Nesse confinamento, a moralidade não pode fluir, e com isso transformou-se numa "velha ameixa seca". Seu comportamento como um todo é muito "conveniente", inflexível e severo, e ela está sempre pronta para ver cada situação apenas em branco e preto, como a jóia que a figura traz em volta do pescoço.A Rainha das Nuvens vive oculta na mente de todos nós que fomos criados com rígidos padrões a respeito do que é bom e do que é mau, de pecado e virtude, do que é aceitável e não-aceitável, moral e imoral. É importante lembrar que todos esses julgamentos da mente são apenas produtos do nosso condicionamento. E nossos julgamentos, quer aplicados a nós mesmos ou aos outros, impedem-nos de experienciar a beleza e a natureza divina que habita dentro das pessoas. Apenas quando rompemos a prisão do nosso condicionamento e alcançamos a verdade dos nossos próprios corações, é que podemos começar a enxergar a vida como ela realmente é.

20 de outubro de 2007

Tarô Osho Zen - 77 Nós somos o Mundo


Quando milhares e milhares de pessoas em todo o mundo estão celebrando, cantando, dançando, em êxtase, embriagados pelo sentimento do divino, não existe nenhuma possibilidade de um suicídio global.
Com essa festividade e com tanto riso, com tanto equilíbrio e saúde, com tanta naturalidade e espontaneidade, como poderia acontecer uma guerra?...
A vida lhe foi dada para que você crie, seja feliz e celebre. Quando você chora, quando está infeliz, fica sozinho. Quando está celebrando, a existência inteira participa com você.
Somente na celebração encontramos o que é fundamental, o que é eterno. Somente na celebração ultrapassamos o círculo do nascimento e da morte.

Osho I Celebrate Myself Chapter 4

Comentário:
Aqui, a humanidade é representada como um arco-íris de seres dançando em volta da mandala da Terra, com pessoas de mãos dadas e alegres, gratas pela dádiva da vida.
Esta carta representa um tempo de comunicação e de compartilhar as riquezas que cada um de nós traz para o todo. Aqui não há apego, nenhum sentimento de propriedade. É um círculo sem medo de sentimentos de inferioridade e de superioridade.
Quando reconhecemos a fonte comum da nossa humanidade, as origens comuns dos nossos sonhos e anseios, das nossas esperanças e dos nossos medos, tornamo-nos capazes de perceber que estamos todos juntos no grande milagre da existência. Quando conseguimos somar nossa enorme riqueza interior para criar um tesouro de amor e sabedoria que esteja ao alcance de todos, ficamos todos interligados no mecanismo único da criação eterna.

16 de outubro de 2007

Tarô Osho Zen- Renascimento

Tarô Osho Zen
67. Renascimento

Segundo o Zen, você vem de lugar-nenhum, e vai para lugar-nenhum. Você existe apenas agora, aqui: não vindo, nem indo. As coisas todas vão passando por você; a sua consciência reflete o que passa, mas ela mesma não se identifica com isso. Quando um leão ruge diante de um espelho, você pensa que o espelho também ruge? Ou quando o leão se afasta e aparece uma criança dançando, o espelho, esquecendo completamente o leão, passa a dançar com a criança -- você acredita que o espelho realmente dance com a criança? O espelho não faz nada, ele apenas reflete. A sua consciência é apenas um espelho. Você nem vem, nem vai. As coisas vêm e vão. Você se torna um jovem, você fica velho; você está vivo, você está morto.Todas essas situações são apenas reflexos num lago eterno de consciência.
Osho Osho Live Zen, Volume, 2 Chapter 16Comentário:
Esta carta representa a evolução dos graus de consciência do modo como é descrita por Friedrich Nietzsche, em seu livro Assim Falou Zarathustra. Ele fala dos três níveis: Camelo, Leão e Criança. O camelo é sonolento, entediado, satisfeito consigo mesmo. Vive iludido julgando-se o cume de uma montanha, mas, na verdade, preocupa-se tanto com a opinião dos outros que quase não tem energia própria. Emergindo do camelo, aparece o leão. Quando nos damos conta de que temos estado abrindo mão da oportunidade de viver realmente a vida, passamos a dizer "não" às demandas dos outros. Nós nos apartamos da multidão, solitários e orgulhosos, rugindo a nossa verdade. A coisa, porém, não acaba por aí. Finalmente, emerge a criança, nem submissa nem rebelde, mas inocente e espontânea, fiel ao seu próprio ser.Qualquer que seja a posição em que você se encontre neste momento -- sonolento e abatido, ou desafiador e rebelde -- tenha consciência de que isso evoluirá para alguma coisa nova, se você permitir. Este é um tempo de crescimento e mudança.

4 de outubro de 2007

Tarô Osho Zen - Transformação

13. Transformação

Um mestre de Zen não é simplesmente um professor. Em todas as religiões, há apenas professores. Eles ensinam a respeito de assuntos que você não conhece, e lhe pedem para acreditar no que dizem, porque não há jeito de transformar essa experiência em realidade objetiva. O professor tampouco as vivenciou -- ele acreditou nelas, e transmite a sua crença para outras pessoas.

O Zen não é o mundo do crente. Não é para fiéis; o Zen é destinado àquelas almas ousadas que são capazes de desfazer-se de toda crença, descrença, dúvida, razão, mente, e mergulhar simplesmente na sua existência pura, sem fronteiras.
Ele traz, porém, uma transformação tremenda.
Permitam-me, portanto, dizer que, enquanto outros caminhos estão envolvidos com filosofias, o Zen está envolvido com metamorfose, com uma transformação. Trata-se de uma alquimia autêntica: o Zen transforma você de metal comum em ouro. Mas a sua linguagem precisa ser entendida, não com o seu raciocínio e o seu intelecto, mas com o seu coração amoroso. Ou até mesmo simplesmente escutar, sem se importar se é verdade ou não. Um momento chega, repentinamente, em que você enxerga aquilo que não percebeu a vida inteira. De repente, abre-se aquilo que o Buda Gautama denominou "oitenta e quatro mil portas".

Osho Zen: The Solitary Bird, Cuckoo of the Forest Chapter 6

Comentário:
A figura central desta carta está sentada sobre a enorme flor do vazio, e segura os símbolos da transformação -- a espada que corta a ilusão, a serpente que se rejuvenesce trocando de pele, a corrente partida das limitações, e o símbolo yin/yang da transcendência da dualidade. Uma das mãos repousa no seu colo, aberta e receptiva. A outra está embaixo, tocando a boca de um rosto adormecido, simbolizando o silêncio que se instaura quando estamos em repouso.
Este é um momento para uma passividade profunda. Aceite qualquer dor, tristeza ou dificuldade, conforme-se com o "fato consumado". É muito semelhante à experiência do Buda Gautama quando, após anos de busca, ele finalmente desistiu, sabendo que não havia nada mais que pudesse fazer. Naquela mesma noite ele se tornou iluminado. A transformação chega, como a morte, no seu devido momento. E também como a morte, ela transporta você de uma dimensão para outra.

2 de outubro de 2007

Tarô Osho Zen - Os amantes

...e para finalizar a carta de hoje...

Tarô Osho Zen
6. Os Amantes

Os Amantes
É preciso ter em mente estas três coisas: o amor de nível inferior é o sexo -- este é físico -- e o refinamento maior do amor é a compaixão. O sexo encontra-se abaixo do amor, a compaixão está acima dele; o amor fica exatamente no meio. Bem pouca gente sabe o que é o amor. Noventa e nove por cento das pessoas, infelizmente, pensa que sexualidade é amor -- não é. A sexualidade é por demais animal; certamente, ela contém o potencial para transformar-se em amor, mas ainda não é amor, apenas potencial... Se você se tornar consciente e alerta, meditativo, então o sexo poderá ser transformado em amor. E se a sua atitude meditativa tornar-se total, absoluta, o amor poderá ser transformado em compaixão. O sexo é a semente, o amor é a flor, compaixão é a fragrância. Buda definiu a compaixão como sendo "amor mais meditação". Quando o seu amor não é apenas um desejo pelo outro, quando o seu amor não é apenas uma necessidade, quando o seu amor é um compartilhar, quando seu amor não é de um pedinte, mas de um imperador, quando o seu amor não está pedindo nada em troca, mas está pronto para dar apenas -- dar só pela total alegria de dar --, então, acrescente a meditação a ele, e a pura fragrância é exalada. Isso é compaixão; compaixão é o fenômeno mais elevado.

Osho Zen, Zest, Zip, Zap and Zing Chapter 3
Comentário:
Aquilo que chamamos de amor é na verdade todo um espectro de modos de se relacionar, abrangendo desde a terra até o céu. No nível mais terreno, o amor é a atração sexual. Muitos de nós continuamos presos nesse nível, porque o condicionamento a que fomos submetidos sobrecarregou nossa sexualidade com toda sorte de expectativas e de repressões. Na verdade, o maior "problema" do amor sexual é que ele nunca perdura. Só quando aceitamos tal fato é que podemos celebrá-lo pelo que ele realmente é -- dar as boas-vindas a seu aparecimento, e dizer adeus com gratidão quando ele se vai. Então, à medida que vamos amadurecendo, podemos vivenciar o amor que existe além da sexualidade, e que honra a individualidade singular do outro. Começamos a compreender que o nosso parceiro funciona freqüentemente como um espelho, refletindo aspectos desconhecidos do nosso ser mais profundo, e ajudando-nos a nos tornarmos completos em nós mesmos. Esse amor é baseado na liberdade, não em expectativas nem na necessidade. Em suas asas, somos levados cada vez mais alto em direção ao amor universal, que vivencia tudo como uma coisa só.

27 de setembro de 2007

Tarô Osho Zen - Paciência

Tarô Osho Zen
74. Paciência

Nós nos esquecemos de como esperar; este é um espaço quase abandonado. No entanto, ser capaz de esperar pelo momento certo é o nosso maior tesouro. A existência inteira espera pelo momento certo. Até as árvores sabem disso -- qual é o momento de florescer, e o de deixar que as folhas caiam, e de se erguerem nuas ao céu. Também nessa nudez elas são belas, esperando pela nova folhagem com grande confiança de que as folhas velhas tenham caído, e de que as novas logo estarão chegando. E as folhas novas começarão a crescer.Nós nos esquecemos de como é esperar: queremos tudo com pressa. Trata-se de uma grande perda para a humanidade...Em silêncio e à espera, alguma coisa dentro de você vai crescendo -- o seu autêntico ser. Um dia ele salta e se transforma numa labareda, e a sua personalidade inteira é estilhaçada: você é um novo homem. E esse novo homem sabe o que é uma cerimônia, esse novo homem conhece os sumos eternos da vida.
Osho Zen: The Diamond Thunderbolt Chapter 10Comentário:
Há momentos em que a única coisa a fazer é esperar. A semente já foi plantada, a criança está crescendo no útero, a ostra está cobrindo o grão de areia, transformando-o em uma pérola. Esta carta nos lembra de que este é um momento em que tudo o que se requer é manter-se simplesmente atento, paciente, à espera. A mulher retratada na carta está justamente nessa atitude. Satisfeita, sem sinais de ansiedade, ela está apenas à espera. Ao longo de todas as fases da lua que se sucedem no alto, ela permanece paciente, tão sintonizada com os ritmos da lua, que quase se confunde com ela. A mulher sabe que esta é uma época para permanecer na passividade, deixando que a natureza siga o seu caminho. Não está, porém, com expressão de sono, nem indiferente; sabe que é tempo de se preparar para alguma coisa importante. Trata-se de um período repleto de mistério, como as horas que antecedem o amanhecer. É um tempo em que a única coisa a fazer, é esperar.

25 de setembro de 2007

Tarô Osho Zen - O Forasteiro


Tarô Osho Zen
72. O Forasteiro

O Forasteiro
Então, você está se sentindo um estranho. Isso é bom. É o período de transição. Mas é preciso estar atento para não se deixar tomar pela dor e infelicidade. Agora que Deus não está mais aí, quem irá consolá-lo? Você não precisa de consolo nenhum. A humanidade já é maior de idade! Seja um homem, seja uma mulher, e apoie-se nos seus próprios pés...A única maneira de conectar-se com a existência é aprofundando-se em si mesmo, porque, lá no seu centro, você ainda está conectado. Fisicamente, você foi desconectado de sua mãe. Essa desconexão foi absolutamente necessária, para transformá-lo num indivíduo autônomo. Do universo porém, você não está desconectado. A sua conexão com o universo é a consciência. Essa conexão não é visível, portanto é necessário mergulhar profundamente em si mesmo, com grande consciência, atenção e observação, e você encontrará a conexão. O buda é a conexão!

Osho God is Dead: Now Zen is the Only Living Truth Chapter 3Comentário:

O menininho desta carta está de pé de um dos lados de um portão, olhando através da grade. Ele é tão pequeno, e está tão convencido de que não pode passar, que não consegue ver que a corrente que amarra o portão não está trancada; tudo o que ele precisaria fazer seria soltá-la.Sempre que nos sentimos "deixados de fora", excluídos, isso gera essa sensação de ser uma criança pequena e desamparada. Não é de causar espanto, pois esse sentimento está profundamente enraizado nas nossas experiências da mais tenra infância. O problema é exatamente esse, porque estando tão profundamente enraizado, o sentimento ressurge repetidas vezes em nossa vida, como se fosse uma fita gravada. Neste momento, uma oportunidade lhe está sendo oferecida para você interromper essa gravação, para deixar de atormentar-se com a idéia de que, de alguma maneira você "não está à altura" para ser aceite e recebido. Reconheça que as raízes desse sentimento estão no passado, e deixe ir embora essa dor antiga. Isso irá trazer-lhe lucidez para enxergar como pode abrir o portão e iniciar-se naquilo que você tanto anseia ser.

24 de setembro de 2007

Tarô Osho Zen - Sucesso

Tarô Osho Zen
43. Sucesso

Observe as ondas no oceano. Quanto mais alto a onda sobe, mais fundo é o sulco que a segue. Em um momento, você é a onda, no outro, você é o sulco que se forma atrás. Aproveite ambos -- não fique apegado apenas a um deles. Não diga: "Eu gostaria de estar sempre no auge!" Isso não é possível. Encare simplesmente o fato: não é possível. Isso nunca aconteceu, e nunca irá acontecer. É simplesmente impossível -- não faz parte da natureza das coisas. Então, o que se pode fazer?Desfrute o pico enquanto ele durar, e depois desfrute o vale, quando ele vier. O que há de errado com o vale? O que há de mal em estar em baixa? É um relaxamento. O pico é uma excitação e ninguém pode viver o tempo todo em estado de excitação.
Osho Returning to the Source Chapter 4Comentário:
Este personagem, obviamente, está, neste momento, "a cavaleiro do mundo", e todos estão celebrando o seu sucesso com uma chuva de papel picado.Devido à sua disposição para aceitar os recentes desafios da vida, neste momento, você está -- ou logo estará -- desfrutando de uma maravilhosa cavalgada sobre o tigre do sucesso. Receba bem essa oportunidade, desfrute-a, compartilhe a sua alegria com os outros -- e lembre-se de que todas as brilhantes paradas têm um começo e um fim.Mantendo isso em mente, se você extrair cada gota de sumo da felicidade que está experienciando neste momento, será capaz, depois, de aceitar o futuro da forma como vier, sem arrependimentos. Não seja, porém, tentado a agarrar-se a este momento de abundância, ou a acondicioná-lo em plástico para que dure para sempre.A maior sabedoria para ter em mente à medida que vão desfilando os acontecimentos da sua vida, sejam momentos de alta ou de baixa, é que "isto também passará". Celebre sim, e continue a cavalgar o tigre.

21 de setembro de 2007

Tarô Osho Zen - Consciência

Nós viemos do desconhecido, e avançamos para o desconhecido. Nós ainda voltaremos. Já estivemos por aqui milhares de vezes, e voltaremos milhares de vezes. O nosso ser essencial é imortal, mas nosso corpo, a nossa corporificação, é mortal. As molduras em que nos colocamos, nossas casas, o corpo, a mente, são feitas de coisas materiais. Essas coisas perderão a força, ficarão velhas, elas morrerão. A sua consciência, porém, para a qual Bodhidharma usa a palavra "não-mente" -- o Buda Gautama também usou essa palavra, "não-mente" -- é algo que está além do corpo e da mente, algo que está além de tudo; essa "não-mente" é eterna. Ela adquire uma expressão física, e torna a mergulhar depois no desconhecido. Esse movimento, do desconhecido para o conhecido e do conhecido para o desconhecido, continua por toda a eternidade, a menos que a pessoa se torne iluminada. Quando isso acontecer, essa será a sua última vida: essa flor não voltará mais. A flor que se torna consciente de si mesma não precisa mais voltar à vida, porque a vida nada mais é do que uma escola aonde se vem para aprender. É alguém que aprendeu a lição e encontra-se agora acima das ilusões. Pela primeira vez, você não irá mais se deslocar do conhecido para o desconhecido, mas para o incognoscível.

Osho Bodhidharma, the Greatest Zen Master Chapter 5

Comentário:
A maioria das cartas deste naipe da mente ou é cômica ou é conturbada, porque a influência da mente na nossa vida é geralmente ridícula ou opressiva. Esta carta da Consciência, porém, apresenta uma imagem enorme do Buda. Ele é tão expansivo, que vai até além das estrelas, e o que existe acima da sua cabeça é o vazio puro.
Esse Buda representa a consciência que está ao alcance de todos os que se tornam mestres da sua própria mente, e que são capazes de utilizá-la como o instrumento que ela foi feita para ser.
Quando você escolhe esta carta, isso significa que agora já há uma luz cristalina disponível, independente, enraizada na tranqüilidade profunda que existe no âmago do seu ser. Já não há a vontade de entender as coisas sob a perspectiva da mente -- a compreensão que você tem agora é existencial, inteira, em consonância com o próprio pulsar da vida. Aceite essa dádiva enorme, e compartilhe.

11 de setembro de 2007

Voz Interior


Tarô Osho Zen : Arcanos Maiores
2. Voz Interior

Se você encontrou a sua verdade dentro você, não há mais nada para descobrir em toda esta existência. A verdade está atuando através de você. Quando você abre os olhos, é a verdade abrindo os olhos. Quando fecha os seus olhos, é a verdade que está fechando os olhos.

Esta é uma meditação extraordinária. Se você puder simplesmente entender o mecanismo, não precisará fazer nada - o que quer que estiver fazendo, estará sendo feito pela verdade. Se você estiver andando, será a verdade andando; se estiver dormindo, será a verdade dormindo; se estiver falando, será a verdade falando; se estiver em silêncio, será a verdade que estará em silêncio.

Esta é uma das técnicas de meditação mais simples. Pouco a pouco, tudo se acomoda segundo esta fórmula simples e, então, não há mais necessidade da técnica.

Quando você está curado, joga fora a meditação, joga fora o remédio. Então, você vive como verdade -- cheio de vida, radiante, satisfeito, abençoado, uma canção em si mesmo. Toda a sua vida se transforma em uma prece sem palavras ou, melhor dizendo, em um estado de oração, em um estado de graça, de beleza que não pertence a este mundo, em um raio de luz vindo do além, iluminando a escuridão do nosso mundo.

Osho The Great Zen Master Ta Hui Chapter 23

Comentário:
A voz Interior não fala por palavras, mas na linguagem inarticulada do coração. É como um oráculo que só fala a verdade. Se tivesse um rosto, seria como o que aparece no centro desta carta -- desperto, vigilante, e capaz de aceitar tanto a escuridão quanto à luz, simbolizadas pelas duas mãos que seguram o cristal. O cristal, em si, representa a luminosidade que advém de se haver superado todas as dualidades.
A voz interior também pode ser brincalhona, à medida que mergulha profundamente nas emoções e ressurge para lançar-se em direção ao céu, como dois golfinhos dançando nas águas da vida. Ela está ligada ao cosmos por intermédio da coroa em forma de lua crescente, e a Terra, do modo como está representada pelas folhas verdes no quimono desta figura.

Há momentos em nossas vidas, em que muitas vozes parecem nos estar chamando de várias direções. A própria confusão que sentimos nessas ocasiões, é um lembrete para que procuremos silêncio e centramento dentro de nós mesmos. Só assim seremos capazes de escutar a nossa verdade.


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Tarô Osho Zen - Participação


Tarô Osho Zen
41. Participação

Alguma vez você já percebeu a noite passar? Pouquíssimas pessoas tomam consciência das coisas que estão acontecendo todos os dias. Você já prestou atenção ao chegar da noite? À meia-noite e à sua canção? Ao nascer do sol e à sua beleza?

Temos nos comportado quase como um bando de cegos. Num mundo tão bonito, vivemos em pequenos compartimentos da nossa própria miséria. Ela é familiar; assim, mesmo que alguém queira arrancá-lo dali, você resistirá. Você não quer ser afastado da sua miséria, do seu sofrimento. Em contrapartida, há tanta alegria por toda à volta... você tem apenas de perceber isso e tornar-se um participante, não um espectador.

Filosofia é especulação; Zen é participação. Participar da despedida da madrugada, participar da chegada da noite, participar das estrelas e das nuvens; faça da participação o seu estilo de vida, e toda a existência se transformará numa enorme alegria, num grande êxtase! Você não poderia ter imaginado um universo melhor.

Osho Zen: The Miracle Chapter 2

Comentário:
Cada uma das figuras desta mandala está com a palma da mão esquerda voltada para cima, em atitude de quem recebe, e a mão direita voltada para baixo, em atitude de quem dá. O círculo que elas compõem cria um tremendo campo de energia que assume a forma do "dorje" duplo, o símbolo tibetano para o relâmpago.
A mandala tem uma natureza semelhante à do campo de energia que se forma em torno de um buda, para o qual todas as pessoas que tomam parte no círculo trazem contribuições únicas para a criação de um todo unificado e vital. É como uma flor que, no seu conjunto, é ainda mais bonita do que a soma de suas partes, e ao mesmo tempo aumenta a beleza de cada uma das suas pétala.
Agora, uma oportunidade está sendo dada a você, para participar junto com outras pessoas, dando a sua contribuição para criar algo maior e mais belo do que o que cada um de vocês seria capaz de fazer isoladamente. Sua participação não apenas irá nutri-lo, mas, também, trará uma contribuição preciosa para o conjunto.