“Não podemos banhar-nos duas vezes no mesmo rio porque as águas nunca são as mesmas e nós nunca somos os mesmos”. O existir é um perpétuo mudar, um estar constantemente sendo e não-sendo, um devir perfeito; um constante fluir...

Se gosta seja amigo :) Namasté!

21 de abril de 2010

Tarô Osho Zen - 9. Solitude



Quando você está sozinho, você não está só, está simplesmente solitário -- e há uma grande diferença entre a solidão e a solitude. Quando você sente a solidão, fica pensando no outro, sente a falta do outro.

A solidão é um estado de espírito negativo. Você fica sentindo que seria melhor se o outro estivesse ali -- seu amigo, sua esposa, sua mãe, a pessoa amada, seu marido. Seria bom se o outro estivesse ali, mas ele não está.

Solidão é ausência do outro. A solitude com você é a presença de si mesmo. A solitude é muito positiva. É uma presença, uma presença transbordante. Você se sente tão pleno de presença que pode preencher o universo inteiro com a sua presença, e não há nenhuma necessidade de ninguém.

Osho The Discipline of Transcendence, Volume 1 Chapter 2

Comentário:

Quando não existe "alguém significativo" em nossa vida, podemos tanto nos sentir solitários, quanto desfrutar da liberdade que a solidão traz. Quando não encontramos apoio entre os outros para as nossas verdades sentidas profundamente, podemos nos sentir isolados e amargurados, ou então celebrar o fato de que o nosso modo de ver as coisas é seguro o bastante, até para sobreviver à poderosa necessidade humana de aprovação da família, dos amigos, dos colegas. Se você está enfrentando uma tal situação neste momento, tome consciência de como está optando por encarar o seu "estar só", e assuma a responsabilidade pela escolha que fez.
A figura humilde desta carta brilha com uma luz que emana do seu interior. Uma das contribuições mais significativas do Gautama o Buda para a vida espiritual da humanidade foi insistir junto a seus discípulos: "Seja uma luz de você mesmo". Afinal de contas, cada um de nós deve desenvolver em si a capacidade de abrir o seu próprio caminho através da escuridão, sem quaisquer companheiros, mapas ou guia.

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O mesmo padrão...sempre. Resta-me perceber o que me é pedido. Resta-me decidir se mantenho ser verdadeira, mesmo que isso implique a perda e a dor, ou desistir e vestir a máscara ilusória que todos parecem usar tão bem e gostar...viver num mundo em que o parece que é é mais importante do que o que é realmente não é fácil...não interessa o que somos, o que sentimos, o que damos. Apenas o reflexo no espelho conta, e tudo o que se constrói ao seu redor...e é assim que acabamos sempre por ser 2 seres distintos, um do lado de cá do espelho, e o outro... um emaranhado de interpretações que vale mais que o Eu real. O espelho? Não espelha, disforma ao sabor do ego de cada um.
Quem mente, finge e entra no jogo do que parece é, acaba por ser recompensado. Quem se mantém fiel à verdade e é transparente acaba por ser acusado de ser falso...acaba por ser o louco que é atingido por todos, mas que mesmo assim permanece a sorrir, mesmo que o sorriso seja salgado de lágrimas...





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