A nave cortava os céus em mais uma expedição do Conselho Estelar. O Comando das Frotas que faziam voluntariamente o serviço de harmonização entre todos os planetas de todos os sistemas solares da Grande Confederação Universal avistou muito longe uma pequena esfera azul. Fechou os olhos e buscou dentro de si a sintonia das vibrações daquele pequeno planeta. Soube assim que sentiu, ser o Planeta Terra, a pequena menina dos olhos de Sanat Kumara, que vibrava e buscava galgar a sua ascensão, mas que lutava bravamente contra as formas pensamento dos seus filhos a quem ela amorosamente dava abrigo.
De olhos ainda fechados, o Comandante viu uma estrela dourada que velozmente passou pela nave e mais velozmente ainda circundou várias vezes o planeta Terra e foi alojar-se na Constelação de Orion. O âmago da estrela pulsou tanto que a sua luz brilhou, brilhou até explodir num grande clarão que rasgou os véus da 5a dimensão.
O comandante inter galáctico imaginou estar a sonhar quando desse Portal aberto, milhares de seres de Luz saíam e penetravam Gaia. A sensação do sonho era tão sublime que o comandante accionou todas as frotas para participarem no seu sonho, já que para eles o sonho era realidade e quis muito naquele momento estar com os homens que pensavam que a realidade era um sonho. Inúmeras naves com seus seres se foram aproximando do Planeta Azul, lindo, mas tão denso ainda, que foi necessário revestirem-se de matéria subtil.
Nos seus arquivos constava que os seus habitantes se encontravam em estado de total insegurança e corriam o tempo todo, de um lado para o outro, prisioneiros de si mesmos, pela matéria, pelo medo, pelos apegos, conflitos, limitações, desamor e o pior de tudo, pela ânsia do poder. A natureza estava a ser destruída, a mesma natureza que lhes dava o calor e alimento. Incautos, não sabiam que estavam a destruir-se a si mesmos com as suas criações de guerras, doenças e epidemias. Criavam com a sua inteligência, poderosos armamentos; manipulavam bactérias e tudo sem antídoto.
No seu sonho, o comandante foi o primeiro a descer à Terra; caminhou por longo tempo entre os prados, as montanhas e florestas. Ouviu longamente as histórias tristes dos poucos elementais da natureza que restavam. Andou pelos grandes centros no turbilhão das formas pensamento. Andou, vagou, quando de repente avistou um habitante que era diferente. A sua aura brilhava, a sua voz emitia paz e harmonia e os seus ensinamentos eram sábios, porque deixava o coração falar. Empunhava uma bandeira branca e logo mais foram vistas outras bandeiras brancas. Começaram a surgir também bandeiras azuis, douradas, rosas, verdes, rubis e violetas. Não eram muitas, mas pela sua força, determinação, luz e entrega, tornavam-se milhares. Um planeta onde a Lei dos homens havia caído em desuso porque ninguém deveria prejudicar o outro. Prevalecia a Lei de DEUS e da Natureza. Não havia doenças porque os pensamentos eram de puro Amor. Não havia perdão porque não havia o que perdoar. Tudo girava em torno do Amor Sabedoria. Não havia fronteiras entre as cidades e os governos das nações trabalhavam com o mesmo ideal elevado para o Todo.
Caminhando de volta à nave, o Comandante ficou a pensar que um dia o sonho iria concretizar-se porque a semente do Amor lançada por todos aqueles Seres de Luz que vieram do Portal, iriam semear e florir nos corações dos homens de boa vontade.
Olhou para Orion e sintonizou-se com a Estrela Dourada que brilhava e emitia um grande raio de luz dourada que atravessava as entranhas de Gaia.Um clamor da multidão ao longe fez-se ouvir. Já não era só um clamor, era o Mantra da Unidade que a multidão entoava. Já não eram parcas bandeiras a serem agitadas, agora eram milhões de bandeiras de todas de sete luzes coloridas. O Comandante sorriu, era o seu povo que regressava, era o seu povo que ascensionava. Eram os seus irmãos que acabavam de cumprir a sua Missão no Planeta Azul como Voluntários. Todas as frotas se reuniram nas boas vindas, numa confraternização de Amor e toda a Terra resplandeceu em a azul-prata. O Comandante já podia voltar para o Cosmos. Nunca mais ele e os seus irmãos estariam separados.
Enfim, o sonho era realidade! O Conselho Estelar cumpriu o Projecto 11:11.
In: Caminhos de Luz
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